Promotoria pede à polícia que investigue cinco associações
voltadas ao auxílio a crianças e portadores de câncer
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O Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) divulgou,
esta semana, o resultado de uma investigação feita no fim do ano passado, após
denúncia do Correio, na
qual concluiu que cinco associações supostamente voltadas ao atendimento de
crianças e portadores de câncer eram apenas de fachada. Segundo os promotores,
há indícios de que elas estariam aplicando golpes. Em outubro de 2012, essas
mesmas entidades foram alvo de uma série de reportagens do jornal.
As instituições arrecadavam dinheiro de pessoas,
principalmente idosas, via pedidos telefônicos, e entregavam recibos após as
doações. No entanto, os endereços indicados nos comprovantes de pagamento eram
incompatíveis com os locais descritos e muitos dos números de telefone
fornecidos nem sequer existiam. Agora, serão objeto de um inquérito criminal.
Os responsáveis podem responder por estelionato e as respectivas instituições
correm o risco de serem dissolvidas.
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Relatório
lista as cinco entidades sem cadastro - clique para ampliar
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O relatório feito pelo Núcleo de Inspeção Social do
MP aponta como fantasmas as seguintes entidades: Associação Beneficente Criança
Cidadã; Associação Beneficente Projeto de Vida; Associação Abrace uma Vida —
Ronda da Caridade; Instituto Alegria da Criança; e Associação de Apoio e
Auxílio aos Portadores de Câncer. As duas primeiras deveriam funcionar no
Condomínio Porto Rico, em Santa Maria. A terceira, na QR 206 da mesma região
administrativa, enquanto as duas últimas no Gama. Nenhuma delas está instalada
nos pontos mencionados nos recibos nem são cadastradas no MP, como concluiu a
Promotoria de Justiça de Tutela das Fundações e Entidades de Interesse Social
(PJFeis). Outras associações foram visitadas por representantes do Ministério
Público. A maioria delas, contudo, embora estejam em operação, não é
devidamente registrada no órgão.
Fonte:
Correio Braziliense