A
agência de notícias estatal síria Sana acusou nesta terça-feira os rebeldes
sírios de terem feito um ataque com armas químicas contra a região rural de
Khan al Assad, na Província de Aleppo. De acordo com a agência, pelo menos 15
pessoas morreram na ação.
Segundo a Sana, outras 85
pessoas ficaram feridas, a maioria delas civis. Minutos depois, grupos rebeldes
acusaram o regime de ter detonado o artefato. As informações sobre o ataque não
podem ser confirmadas de forma independente devido às restrições impostas pelo
regime sírio à entrada de jornalistas internacionais.
Esta é a primeira vez que o
regime sírio acusa os rebeldes de usarem armas químicas, embora em dezembro
tenha acusado os rebeldes de ter o tipo de armamento. Nos últimos meses, o
regime foi acusado em diversas ocasiões pelo uso do armamento, que não foi
confirmado.
Mais tarde, o ministro da
Informação sírio, Omram al Zoabi, acusou os opositores
pelo ataque. Também
disse que a Turquia e o Qatar, que apoiam os rebeldes, possuem
"responsabilidade moral, legal e política" pelo uso das armas
químicas.
O regime do ditador Bashar
Assad possui uma quantidade indeterminada de armas químicas em seu controle. Em
reiteradas ocasiões, o governo sírio disse que só usaria o armamento se
estivesse ameaçado por uma intervenção estrangeira.
No entanto, a instabilidade
política no país causa preocupação das potências internacionais de que o
arsenal caia nas mãos dos rebeldes, em especial de grupos ligados à rede
terrorista Al Qaeda. Os Estados Unidos afirmam que a única possibilidade de
intervenção na Síria é se há o uso comprovado das bombas químicas.
O conflito na Síria completou
dois anos na semana passada. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas),
mais de 70 mil pessoas morreram no período e 1 milhão saíram do país em busca
de refúgio, em especial em acampamentos de países vizinhos
Fonte: Folha