A Corregedoria Geral da Polícia Civil assume, a
partir desta segunda-feira, as investigações sobre a morte de Sérgio Rosa
Sales, primo do goleiro Bruno, ocorrida na semana passada. Em nota, a Polícia
Civil informou que a decisão foi tomada porque, durante depoimentos no início
das investigações do desaparecimento e morte de Eliza Samudio, Sérgio teria
dito que sofreu constrangimentos no Departamento de Investigações de Homicídios
e Proteção à Pessoa (DHPP). “Para evitar qualquer dúvida em relação à transparência
das investigações, a Corregedoria, então resolveu assumir a presidência do
inquérito”, diz a nota.
Sérgio teria sido ameaçado em juízo em um dos primeiros depoimentos sobre o caso, em 2010. Em dezembro daquele ano, ele teria encaminhado uma carta à juíza Marixa Rodrigues, revelando que durante as audiências de instrução, ocorridas no Fórum de
Contagem, os réus o obrigaram a
passar informações incorretas e o ameaçaram. Ele afirmou que se ele não
compactuasse com o esquema, a mãe dele perderia a casa em que mora comprada por
Bruno.Sérgio teria sido ameaçado em juízo em um dos primeiros depoimentos sobre o caso, em 2010. Em dezembro daquele ano, ele teria encaminhado uma carta à juíza Marixa Rodrigues, revelando que durante as audiências de instrução, ocorridas no Fórum de
Uma carta inédita de Sérgio aos pais foi divulgada neste domingo no programa “Fantástico”, da TV Globo, no domingo. Na carta, endereçada aos pais, Sérgio afirma que seus depoimentos sobre o caso eram verdadeiros. “Só falei a verdade. O doutor (advogado) não me mandou falar isso ou aquilo. Eu não confio em outros advogados”. O primo do goleiro também disse que teria sido coagido por advogados - que trabalhavam no processo na época – a mudar sua versão do crime. “Esses outros advogados estão vindo aqui talvez mandado (sic) por outros advogados para muda (sic) a minha cabeça no meu depoimento”, diz o texto.
O delegado Frederico Abelha conversou com familiares do primo de Bruno na semana passada. Conforme ele informou à assessoria de imprensa da Polícia Civil, uma mensagem com uma ameaça recebida pelo jovem no celular há aproximadamente dois meses será investigada, mas o delegado nega que Sérgio tenha recebido outras ameaças.
Entenda o caso
Em liberdade há 378
dias, Sérgio, 24 anos, conhecido como Camelo, foi assassinado pela manhã, a
poucos metros de casa, no Bairro Minaslândia, Região de Venda Nova, em Belo
Horizonte, quando saía para o primeiro dia de trabalho em um serviço de pintura.
Testemunhas viram um homem em uma moto vermelha, de capacete rosa, perseguindo
o rapaz pelas ruas, com um revólver 38 na mão. Baleado nas costas, Sérgio ainda
conseguiu correr por três quarteirões, gritou por socorro e tentou se refugiar
no quintal da casa de amigos. Encurralado, foi atingido outras vezes: braço,
peito, barriga, mão e rosto. Morreu na hora.
Durante as investigações, a polícia descartou a hipótese de que Sérgio teria se envolvido em uma briga durante uma partida de futebol, o que teria motivado uma vingança. A polícia também vai investigar se um grupo preso com drogas e armas na tarde desta sexta-feira no Bairro Minaslândia tem participação na morte de Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno Fernandes. A suspeita foi levantada por uma denúncia anônima recebida pela Polícia Militar logo após as prisões.
Outras linhas de investigação seguidas pela polícia são a de queima de arquivo devido ao processo do desaparecimento e morte da ex-amante do goleiro Eliza Samudio, a que Sérgio respondia na Justiça com outros sete acusados e envolvimento com o tráfico de drogas. A polícia já teria recebido 20 versões diferentes a respeito do assassinato.
Durante as investigações, a polícia descartou a hipótese de que Sérgio teria se envolvido em uma briga durante uma partida de futebol, o que teria motivado uma vingança. A polícia também vai investigar se um grupo preso com drogas e armas na tarde desta sexta-feira no Bairro Minaslândia tem participação na morte de Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno Fernandes. A suspeita foi levantada por uma denúncia anônima recebida pela Polícia Militar logo após as prisões.
Outras linhas de investigação seguidas pela polícia são a de queima de arquivo devido ao processo do desaparecimento e morte da ex-amante do goleiro Eliza Samudio, a que Sérgio respondia na Justiça com outros sete acusados e envolvimento com o tráfico de drogas. A polícia já teria recebido 20 versões diferentes a respeito do assassinato.