segunda-feira, 5 de julho de 2021

Folha de pagamento

Descontos mensais

Pelas regras da CLT, há dois descontos obrigatórios: a contribuição para o INSS e o Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF).


Outros descontos em folha de pagamento

Antes da reforma trabalhista, a contribuição sindical era obrigatória. Hoje, ela é opcional e, para que ocorra, é necessária a formalização por escrito.

Apesar dessa mudança, algumas empresas junto aos sindicatos implementam a contribuição por meio do acordo coletivo, assim, o valor é descontado de forma anual e corresponde a um dia de trabalho.

Outro desconto que não é obrigatório é o de vale-transporte. Caso o trabalhador não queira receber esse benefício. Entretanto, ao aceitar o vale-transporte, a empresa poderá realizar um desconto de até 6%.

O vale-alimentação também não é obrigatório e, se for pago, pode resultar em desconto de até 20% do valor concedido na folha de pagamento. É importante ressaltar que o valor é estipulado por acordo ou convenção coletiva em cada categoria.

Quanto aos atrasos em horários de trabalho, o artigo 58º da CLT determina que o trabalhador tem uma janela de 5 a 10 minutos para não sofrer descontos. Acima disso, a empresa poderá cobrar.

Caso ele tenha faltas sem justificativas, também poderá ser descontado.

Empréstimo consignado também geram dúvidas sobre desconto. Empresas de diferentes setores possuem parceria com instituições financeiras que oferecem empréstimos

INSS deve montar projeto para tornar remota a avaliação social para BPC

 INSS deverá montar projeto piloto para possibilitar que a avaliação social necessária para a concessão do Benefício de Prestação Continuada a pessoas com deficiência seja feita por canais remotos. Determinação é do Tribunal de Contas da União



O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em 15 dias, em caráter piloto, autorize a realização de procedimentos por canais remotos para avaliação social, exigidos para a concessão do Benefício Assistencial de Prestação Continuada (BPC) a pessoas com deficiência. A decisão é de 23 de junho, e o processo teve como relator o ministro Bruno Dantas. A dúvida, no entanto, é se o INSS está preparado para adotar a nova sistemática e se o auxílio vai chegar à ponta, uma vez que as pessoas inscritas no BPC, muitas em situação de miséria, não têm telefone ou acesso à internet.

Por meio de nota, o INSS informou que se prepara para iniciar a avaliação social remota, que deve começar “a implementar no dia 6 de julho”. A autarquia, porém, ainda não tem os detalhes de como funcionará o sistema. “O órgão está definindo como será feito o procedimento”, aponta a nota. De acordo com o advogado Diego Cherulli, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), “a decisão do TCU é justa, mas veio atrasada”.

“Não adianta exigir que o INSS use canais remotos se os cidadãos não têm acesso às tecnologias”, disse Cherulli. Ele reiterou que ainda é “um mistério” o que o INSS efetivamente vai fazer, mas como a “análise social para o BPC é praticamente uma declaração do cidadão, não há visitas locais nem maiores diligências, ela poderia, assim, ser feita por telefone ou ligação de vídeo”, reforçou.

Para ter direito ao BPC, esclareceu Cherulli, a pessoa deve ter renda de até um quarto do salário mínimo (R$ 275). Lei recente, que ainda precisa ser regulamentada, elevou o valor para até meio salário mínimo por pessoa na casa (R$ 550).

João Badari, especialista em direito previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados, lembrou que, durante a pandemia, o INSS se estruturou para fazer de forma remota os benefícios por incapacidade. “E deu certo. Agora, com o tempo, vai ter que se adequar às necessidades do BPC. O INSS, sem dúvida, está preparado. Porém não se pode garantir que o cidadão consiga atender aos requisitos”, disse.

O especialista em direito previdenciário Karlos Gomes, do Karlos Gad Advocacia, explicou que, para ter direito ao BPC, é preciso ter mais de 65 anos ou deficiência física, mental, intelectual ou motora, desde que a limitação impeça o beneficiário de gozar de uma vida plena em sociedade. “E não basta preencher tais requisitos, também é necessário não estar recebendo outro benefício”, observou.

Prazo

Com as novas regras para o INSS, o prazo para concessão do BPC é de 90 dias. “Caso o requerente se sinta prejudicado, deve procurar um especialista para ver a possibilidade de ajuizamento de uma ação judicial para o recebimento após o prazo legal”, explica Karlos Gomes.

Sandro Lucena Rosa, especialista em direito previdenciário e membro da Comissão de Direito Previdenciário da OAB/GO ressaltou que também “deve ser comprovada a situação de pobreza ou necessidade”. Ele reiterou que, desde 2016, o INSS também exige que as pessoas se inscrevam no CadÚnico. “Por isso, é sempre bom manter o cadastro atualizado. Ele pode ser feito nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras)”, ressaltou.

*Estagiária sob supervisão de Odail Figueiredo 

Beneficiários se queixam da demora

Nas redes sociais, várias pessoas reclamam da demora para marcar a perícia no INSS, e muitas estão com medo de não conseguir e ter o BPC cancelado. É o caso de uma beneficiária do Rio de Janeiro, mãe de três filhos, um deles, com autismo, que não quis se identificar. Ela explicou que passa por dificuldade e já está há dois anos e três meses na fila. “Eu preciso muito fazer essa perícia. Sem o auxílio, vamos passar por mais dificuldade ainda”, lamentou.

“Na minha opinião, o INSS precisa atualizar o atendimento. Conheço uma pessoa que até conseguiu fazer a perícia social, mas está esperando há 11 meses. Outra entrou na Justiça. Acho péssimo o aplicativo, tive uma amiga que foi deferida e nem sabe o motivo. Teve que buscar um advogado”, afirmou a mãe do rapaz autista.

Luciene Leite, 42 anos, aposentada, teve paralisia infantil quando ainda era um bebê, afirma que, durante a pandemia, o processo de perícias ficou mais lento que o normal. “De 2018 a 2020, fiquei um tempo sem receber o benefício, devido a uma cirurgia que tive que fazer no pé. No ano passado voltei a receber, mas preciso de uma nova perícia social, e já estou há dois meses esperando”. A aposentada declara que “não gosta do sistema do INSS”. “Acho uma bagunça e difícil de entender”, reforçou.

Para Viviane Peres, diretora da Federação Nacional dos Trabalhadores em Saúde, Previdência e Assistência Social (Fenasps), a teleavaliação não resolve os processos represados, porque apenas 16% dos BPCs aguardam análise social. Os demais dependem da análise do requerimento ou avaliação médica. “Todos os argumentos para necessidade de teleavaliação social, atribuindo a essa etapa a ‘culpa’ do represamento, são uma falácia. O represamento dos BPCs não ocorre na pandemia, mas se aprofundou com as plataformas e a transformação digital”, disse. Segundo ela, no início da contaminação pelo coronavírus, havia mais de 500 mil processos na fila. (VB e FS)

 

Fonte: Correio Braziliense

 

PF indicia Renan Calheiros em investigação sobre corrupção

Edilson Rodrigues/Agência Senado

A Polícia Federal (PF) enviou nesta sexta-feira (02) ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório indiciando o senador Renan Calheiros (MDB-AL) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

De acordo com a PF a acusação é de quando Calheiros era presidente do Congresso Nacional.

O senador teria recebido cerca de R$ 1 milhão da Odebrecht, para apoia-la em um projeto no Senado.

Renan Calheiros, que é o atual relator da CPI da Pandemia, nega ter recebido os pagamentos e acusa o Governo Bolsonaro de agir em retaliação a seu trabalho na Comissão.

Segundo ele, a acusação de 2012 não possui provas. Sua defesa argumenta ainda que “jamais foi encontrado qualquer indício de ilicitude”.

“Essa investigação está aberta desde março de 2017 e, como não encontraram prova alguma, pediram prorrogação. Estou surpreso que justamente agora, quando a CPI mostra todas as digitais do governo na corrupção da vacina, a parte politizada da Gestapo enxerga indícios em uma acusação sem prova referente a 2012. Mas não irei me intimidar. Os culpados pelas mortes, pelo atraso das vacinas, pela cloroquina e pela propina irão pagar”, afirmou Calheiros.

O relatório deverá ser encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá sobre a apresentação ou não de denúncia contra o parlamentar.

Aulas nas 122 creches públicas do Distrito Federal voltam nesta segunda-feira

 

No Distrito Federal, atividades presenciais de ensino na rede pública serão retomadas por etapas. Primeiro grupo a retornar tem quase 23 mil crianças de até 5 anos, matriculadas em instituições vinculadas ao GDF


A creche onde Darly é monitora deu cinco máscaras para cada educador - (crédito: Arquivo Pessoal)

Com um ano e quatro meses de ensino remoto, a rede pública do Distrito Federal dá início à retomada das aulas presenciais hoje. Mais de 22,9 mil crianças de até 5 anos voltam às atividades em 122 creches vinculadas à Secretaria de Educação (SEDF). Nos colégios, a previsão do retorno é para 2 de agosto, de maneira híbrida. Representantes da pasta acreditam que, até lá, todos os profissionais estarão imunizados contra a covid-19. No entanto, apesar das expectativas, alguns educadores têm demonstrado preocupação, não só no que diz respeito às questões sanitárias.

A pandemia forçou a comunidade escolar a se adaptar ao ensino a distância. Hellen de Paula Mota, 38 anos, diretora-geral do Centro Comunitário da Criança — creche conveniada ao Executivo local com atuação em quatro endereços em Ceilândia — sente-se confiante com a preparação que ocorreu no período de atividades