sexta-feira, 24 de abril de 2020

Coronavírus: Entorno do DF tem 35 casos confirmados e quatro mortes


Balanço foi divulgado nesta quinta-feira (23/4) pela Secretaria de Saúde de Goiás. Um óbito segue em suspeita na região de Águas Lindas

Luziânia é a cidade com mais casos, nove no total(foto: AFP)


Os casos de Covid-19 em regiões do Entorno do Distrito Federal chegam a 35, segundo balanço divulgado pela Secretaria de Saúde de Goiás na quinta-feira (23/4). A cidade que concentra a maior quantidade de diagnósticos positivos é Luziânia, com nove confirmações e duas mortes registradas. 

Valparaíso de Goiás tem sete ocorrências da doença, sendo um óbito pelo novo coronavírus. A região de Águas Lindas apresenta seis casos e uma morte está sob investigação. As outras confirmações são em Formosa (quatro), Cidade Ocidental (quatro), Santo Antônio do Descoberto (três), Novo Gama (um) e Planaltina de Goiás com um óbito registrado pela doença — uma mulher de 43 anos, que faleceu no Hospital de Campanha, em Goiânia.

A prefeitura municipal de Águas Lindas de Goiás esclarece, por meio de nota, que o óbito em investigação é de um homem de 42 anos que estava internado e isolado no Hospital Bom Jesus. Ele aguardava o resultado do exame de Covid-19 pelo Laboratório Central de Goiânia (Lacen), que demora cinco dias para dar o diagnóstico. 

O paciente também tinha diagnóstico pré-formado de doenças respiratórias agudas. A suspeita da causa da morte é que ele tenha  broncoaspirado (quando a pessoa inspira o vômito ou um corpo estranho e fecha as vias aéreas).

Empresários liderados por donos da Riachuelo e da Havan abandonam Bolsonaro: “Decepção absoluta”

"Eu me sinto absolutamente traído como eleitor", disse o presidente do Instituto Brasil 200 ao comentar sobre a demissão de Sérgio Moro


Empresários do grupo Brasil 200 (Foto: Divulgação)

O desembarque do ministro da Justiça, Sérgio Moro, do governo do presidente Jair Bolsonaro nesta sexa-feira (24) gerou impacto direto no empresariado bolsonarista.
Gabriel Kanner, presidente do Instituto Brasil 200, afirmou que o grupo, formado por empresários que apoiavam o presidente estão bastante decepcionados com a interferência do ex-capitão

PTB questiona subteto para auditores fiscais estaduais e municipais




O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) as Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 6391 e 6392 em que pede a suspensão de qualquer interpretação ou aplicação do subteto aos auditores fiscais dos estados e municípios, para que prevaleça como teto único da administração tributária os subsídios dos ministros do STF. O relator das ações é o ministro Gilmar Mendes.
De acordo com a legenda, apesar de se tratar de uma carreira nacional, os auditores fiscais estaduais e municipais estão sujeitos ao subteto dos respectivos governadores e prefeitos. Na sua avaliação, isso viola o princípio constitucional da isonomia, ao diferenciar servidores com a mesma função típica de Estado, com as mesmas responsabilidades definidas pela Constituição Federal e pelo Código Tributário Nacional (CTN), pelo único fato de integrarem unidade federativa diferente.

Ministro determina citação de Bolsonaro em ação que pede que Câmara analise denúncia por crime de responsabilidade

Segundo o ministro Celso de Mello, a citação é essencial ao prosseguimento da ação, pois a eventual concessão do mandado de segurança afetará a esfera jurídica do presidente da República.



O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o presidente da República, Jair Bolsonaro, seja citado no Mandado de Segurança (MS) 37083, impetrado por dois advogados para que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, analise, em 15 dias, a denúncia por crime de responsabilidade protocolada por eles. O ministro observou que, segundo a Súmula 631 do Supremo, a citação de Bolsonaro, na qualidade de litisconsorte passivo necessário, deve ser providenciada pelos advogados, sob pena de extinção do processo sem análise do pedido (mérito).
O relator explica que a citação é uma providência essencial ao regular prosseguimento da ação, pois a eventual concessão do mandado de segurança afetará a esfera jurídica do presidente da República.

Vice-presidente da Câmara Legislativa pede calma no retorno às atividades

Distrital destaca importância de transição do isolamento para a flexibilização das restrições


(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O vice-presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), deputado distrital Rodrigo Delmasso (Republicanos), defendeu a flexibilização das restrições do comércio na capital. O parlamentar destacou que é preciso fazer uma transição de isolamento, autorizando o retorno das atividades econômicas, gradativamente, para então chegar ao isolamento vertical, no qual apenas as pessoas em grupo de risco ficam de quarentena.

O tema foi discutido em entrevista no programa CB.Poder —  parceira do Correio com a TV Brasília. O distrital destacou, também, a importância dos servidores públicos para recuperar a economia após a pandemia e analisou positivamente a aproximação do governador Ibaneis Rocha (MDB) com o presidente Jair Bolsonaro. 


Como o senhor está vendo essa decisão do governo do DF de reabrir o comércio? O senhor também está propondo a reabertura dos templos religiosos. Como avalia isso?
O governo precisa fazer uma espécie de transição. Começou com modelo de isolamento horizontal, ou seja o isolamento social de todos para evitar o contágio, e agora é necessário que se faça a transição para o isolamento intermitente, abrindo aos poucos as atividades econômicas, principalmente aquelas que não geram aglomeração de pessoas, até que se chegue ao isolamento vertical, isolando somente a população de risco. Em relação aos templos religiosos, nós tivemos uma reunião com o chefe da Casa Civil e sugerimos alguns critérios para autorizar a realização de celebrações presenciais. A nossa proposta está de acordo com a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS): distanciamento de quatro metros quadrados (dois de cada lado), uso de máscara, a disponibilização de álcool em gel na entrada, além da orientação de membros acima de 60 anos e crianças abaixo de 10 não frequentem as celebrações durante esse período.

E as escolas? É preciso dar um tempo maior para a reabertura? Qual a sua opinião?
A Comissão de Educação da Câmara fez uma reunião com os pais das escolas militares, que foram citados inicialmente nessa reabertura. Todos os pais foram contrários à abertura das escolas neste momento, mas o governador foi a público explicar que ele pediu à Secretaria de Educação um estudo, em 10 dias, para saber como voltar às aulas com segurança em 31 de maio. Da mesma forma que outros setores da economia estão abrindo, é importante a educação também ter um plano. Para mim, o prazo vai depender muito dos números. No DF não teve aquele o aumento que se esperava. Isso porque nós nos antecipamos nas medidas e estamos colhendo os frutos dessa antecipação.

Mas a gente não coloca em risco todos os ganhos?
Acredito que não. O governo está fazendo, paralelamente, a testagem em massa. Com isso, a gente consegue isolar quem está com o vírus e liberar quem está saudável. Mas, claro, o retorno de qualquer atividade precisa ter um plano de contingência e os cuidados com a biossegurança.