terça-feira, 14 de maio de 2019

Administradora Vânia Gurgel é exonerada da administração do Guará


Ex-administradora teria contrariado o deputado ao pedir a exoneração de pessoas ligadas a ele e ao governador Ibaneis

Durou apenas quatro meses a gestão de Vânia Gurgel na Administração Regional do Guará. Ela foi exonerada nesta terça-feira, 14 de maio, após contrariar o deputado distrital Rodrigo Delmasso e o próprio governador Ibaneis Rocha ao pedir – e conseguir – a exoneração de assessores ligados a eles. Ela será substituída por Luciane Gomes Quintana, assessora de Delmasso, que assim volta a apadrinhar a Administração do Guará. Moradora do edifício Dueto, na orla do Guará II, Luciana é formada em Ciências Biológicas e atuava como interlocutora de Delmasso junto ao governo na execução das emendas parlamentares do deputado.

A queda de Vânia vinha sendo especulada há alguns dias, mas foi definida nesta quarta-feira depois que o Diário Oficial do DF publicou a exoneração de três assessores ligados a Delmasso, um deles o Diretor de Obras, responsável pela execução e supervisão de emendas parlamentares do próprio deputado.  Mas a queda da agora ex-administradora foi desenhada com cores mais fortes após a sessão promovida pela Câmara Legislativa, de iniciativa de Delmasso, na Escola Técnica, na sexta-feira passada, para homenagear os 50 anos do Guará. Durante seu discurso, a ex-administradora criticou a situação do Hospital Regional do Guará, que, segundo ela, estaria em péssimas condições e não estaria prestando o serviço que os moradores da cidade precisam. A fala foi entendida como uma crítica ao próprio governo, a quem ela servia, e teria chegado aos ouvidos do governador Ibaneis Rocha.

O estopim da demissão aconteceu com a exoneração dos cinco assessores, a pedido dela, chancelada pela Casa Civil do Governo sem o conhecimento do governador Ibaneis. Entre essas demissões, estava a do genro do líder comunitário Jânio Ribeiro, amigo pessoal do governador.  Vânia teria contrariado também uma assessora da Caesb amiga do governador Ibaneis, por ter pedido a exoneração do irmão dela embora tenha mantido o filho nos quadros da Administração, o que configuraria nepotismo.


Sem padrinho

jornal do guara
Vânia ficou parcialmente enfraquecida politicamente depois que o deputado Rodrigo Delmasso anunciou publicamente que estava deixando o “apadrinhamento” da Administração do Guará no início de abril. Sem o apoio direto de Delmasso, Vânia se aproximou do secretário de Cidades, Gustavo Aires, e do próprio governador Ibaneis Rocha, que demonstravam que estavam gostando do jeito dinâmico dela administrar a cidade.  Mas, mesmo oficialmente fora do apadrinhamento à cidade, o deputado Rodrigo Delmasso continua tendo forte influência no governo por ser o vice-presidente da Câmara Legislativa e ser aliado de Ibaneis desde a campanha política.

Surpreendida com a exoneração, Vânia Gurgel diz que não se arrepende do fez. “Não tinha como continuar trabalhando com quem não queria trabalhar no mesmo ritmo e nem obedecer às minhas ordens. A execução de projetos e obras estava caminhando num ritmo mais lento do que eu pretendia. Vim da iniciativa privada e não tolero esse tipo de coisa”.  A agora ex-administradora diz que deu o seu sangue pela cidade, “porque moro e amo o Guará, mais do que nunca”. Vânia diz qu, a partir de agora, vai trabalhar “pela política do bem”, numa crítica ao deputado Delmasso.

O ASSESSOR TRAPALHÃO



Muitas vezes o assessor de um deputado em vez de trazer uma imagem positiva para o chefe, o que consegue é diminuir os espaços políticos do parlamentar.

Uma prática da velha política é desestabilizar o chefe de um setor, de uma administração ou secretaria para o vice assumir o lugar.

Parece que este é o intento do compadre do administrador, que foi assessor de um certo deputado, e que tem infernizado a vida da administradora de Riacho Fundo, mas o tiro pode sair pela culatra e o compadre perder a chefia de gabinete da Administração. Em briga de cachorro grande ninguém deve meter a colher.

Em delação, dono da Gol cita repasse a Rodrigo Maia


Henrique Constantino também afirmou ter ouvido pedido de propina de Michel Temer, então vice-presidente, e dos deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ) e Henrique Eduardo Alves (MDB-RN)

(foto: Najara Araújo/Camara dos Deputados)
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi citado no acordo de colaboração premiada de um dos donos da Gol Linhas Aéreas, Henrique Constantino, como recebedor de "benefício financeiro" por meio da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear). São citados, também como recebedores de valores da Abear, o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR), o ex-deputado Vicente Cândido (PT-SP), o senador Ciro Nogueira (PP-PI), além de Marco Maia, Edinho Araújo, Otávio Leite, Bruno Araújo e outros.

A informação consta de um trecho de uma decisão desta segunda-feira, 13, do juiz responsável pelo caso, Vallisney de Souza Oliveira, titular da 10ª Vara Criminal da Justiça Federal do Distrito Federal. O trecho em questão foi tarjado no documento divulgado pela Justiça Federal.

Anexos de acordos de colaboração costumam ser apresentados para descrever crimes confessados pelo delator.

As más escolhas - Foi comunicada da exoneração por zap

O primeiro bom dia de hoje 14/05/2019 da ex-administradora do Guará Vania Gurgel, foi do Deputado distrital Rodrigo Delmasso que as 06:41 mandou para a ex-administradora o print do diário oficial no qual informava sua exoneração.

Por mensagem se despediu da ex-administradora que segundo ele tomou atitudes em desacordo com o governo.


Fonte: a redação

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Conheça Carlos Langoni, o guru do ministro Paulo Guedes


Respeitado no meio acadêmico, prático como um economista à frente do seu tempo e referência em estudos, principalmente sobre distribuição de renda, Carlos Langoni tem encontros mensais com o ministro da Economia

'O que existe é uma admiração minha por Paulo Guedes. Ele foi um aluno brilhante na EPGE e se formou como um dos primeiros da turma. Vi que tinha muito talento e consegui a bolsa para ele em Chicago,' Carlos Langoni, diretor do Centro de Economia Mundial da FGV(foto: AFP / YASUYOSHI CHIBA )

Toda semana, a agenda pública do ministro da Economia, Paulo Guedes, oscila entre as cidades de Brasília e do Rio de Janeiro, onde ele costuma despachar às sextas-feiras. E a pessoa mais frequente nos compromissos oficiais do chefe da equipe econômica na capital fluminense é um ex-professor do ministro, o economista Carlos Langoni, diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getulio Vargas (FGV) e ex-presidente do Banco Central, de 1980 a 1983. Desde que Guedes assumiu o cargo em janeiro, o guru foi recebido pelo pupilo no Rio, em média, duas vezes por mês.

O ex-presidente do BC foi o responsável pela indicação do ministro para uma bolsa de estudos de doutorado na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, quando Guedes cursava mestrado em Economia na Escola Brasileira de Economia e Finanças (EPGE) da FGV. “O que existe é uma admiração minha por Paulo Guedes. Ele foi um aluno brilhante na EPGE e se formou como um dos primeiros da turma. Vi que tinha muito talento e consegui a bolsa para ele em Chicago”, diz Langoni ao Correio. Prestes a completar 75 anos, em julho, o diretor da FGV se autodenomina avô dos “Chicago Boys” brasileiros, agora, chamados de “oldies”.

Além de se aconselhar sobre os planos da agenda econômica, o superministro de Bolsonaro aproveita os encontros frequentes com o mestre para fazer debates acadêmicos. “Conversa de economista de Chicago é meio caótica e desorganizada. Falamos sobre tudo. Até sobre a parte acadêmica e teórica. De vez em quando, começamos a discutir teoria econômica. Não tem nada a ver com política. É uma digressão, até para relaxar. E o resto é brainstorming. Vão surgindo questões naturalmente”, revela Langoni.

O professor participa, inclusive, de reuniões do aluno com os secretários da pasta e de outros ministérios. Um dos temas que mais gosta de discutir com Guedes, confessa, é sobre abertura comercial. “Essa é uma área que eu me interesso, porque o país ainda é uma economia muito fechada”, completa.