Coluna Eixo Capital/Por Ana Maria Campos
O governador Ibaneis Rocha propõe ao atual
presidente regional do MDB, Tadeu Filippelli, um acordo para pacificar o
partido. O presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente, seria o número um
da legenda no DF e a secretária da Mulher, Ericka Filippelli, nora de
Filippelli, a vice. Ao decidir ontem suspender a convenção regional do partido
que daria ao ex-vice-governador um novo mandato como presidente do
MDB/DF, Romero
Jucá mostrou que tem disposição para intervir na legenda. Filippelli não
tem muitas opções a não ser ceder. Sem mandato, ele luta contra o poder
econômico e político.
Jucá
defende oxigenação no MDB
Líder de governos de esquerda e de direita no
Senado, Romero Jucá, réu na Operação Lava-Jato, defende a entrada de sangue
novo no MDB. Pelo menos, no papel. A renovação, segundo aponta o ex-senador que
não se reelegeu, seria proveniente de políticos jovens e neófitos. “Essa
oxigenação, com o ingresso de novos filiados e de outsiders da política é
salutar e imprescindível para a renovação dos partidos”, escreveu na decisão em
que suspendeu a convenção regional do MDB, a pedido de Ibaneis Rocha e do
presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente. Para Jucá, Prudente e Éricka
Filippelli representariam a novidade, embora ambos sejam parentes de políticos
com longa trajetória política.
Apostas
erradas
Na decisão, o presidente nacional do MDB,
Romero Jucá, ressaltou que a atual direção regional do partido apostou em nomes
errados na eleição do ano passado, destinando recursos do Fundo Especial de
Financiamento de Campanha a políticos que não se elegeram, como é o caso do
próprio presidente regional, Tadeu Filippelli. Jucá ressaltou que os dois
candidatos eleitos, Ibaneis Rocha ao Palácio do Buriti, e Rafael Prudente à
Câmara Legislativa, tiveram campanhas bancadas com recursos próprios.