terça-feira, 30 de abril de 2019

PF encontra indícios de que parte dos valores declarados pelo PSL de MG não foi usada na eleição

PF faz busca em gráficas citadas por supostas candidatas laranja do PSL

Os resultados preliminares das buscas e apreensões da Operação Sufrágio Ostentação, deflagrada nesta segunda-feira (29) pela Polícia Federal, levam a crer que os valores declarados pelo PSL de Minas Gerais durante a campanha eleitoral do ano passado não foram totalmente aplicados nas candidaturas do partido. A informação foi repassada ao blog por investigadores que atuam no caso.

Como o blog mostrou, policiais envolvidos na operação cumpriram mandados de busca e apreensão em gráficas e na sede do PSL de Minas Gerais em busca de provas de que os serviços declarados à justiça pelo partido não foram efetivamente prestados durante a campanha eleitoral de 2018.faz busca em gráficas citadas por supostas candidatas laranja do PSL.


Segundo a Polícia Federal, algumas candidatas do PSL declararam gastos de até R$ 380 por voto, valor muito acima da média de R$ 10 por voto. A suspeita da polícia é de que houve fraude no repasse, por parte do PSL mineiro, de recursos para cumprir a cota feminina exigida por lei. De acordo com a investigação, as candidatas teriam devolvido os valores recebidos do PSL.

Durante as eleições de 2018, o atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, ocupava o cargo de presidente do diretório regional do PSL de Minas. Ele não foi alvo da operação da PF nesta segunda (29) e nega envolvimento no caso.

Em nota, o ministro voltou a dizer que o partido "seguiu rigorosamente o que determina a legislação eleitoral". Ele afirmou ainda que segue à disposição da Polícia Federal para prestar todas as informações necessárias.

"O que vem me atingindo há cerca de 3 meses é resultado de uma disputa política local, cujos interesses são prejudicados com minha presença no Ministério do Turismo", completa o ministro.

Marcelo Álvaro Antônio afirmou ainda no comunicado que já entregou ao Ministério Público de Minas Gerais as supostas provas das verdadeiras motivações das supostas denúncias. "Sigo confiante de que a verdade prevalecerá."

Fonte: G1