Coluna Eixo Capital/Por Ana Maria Campos
O governador Ibaneis Rocha propõe ao atual
presidente regional do MDB, Tadeu Filippelli, um acordo para pacificar o
partido. O presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente, seria o número um
da legenda no DF e a secretária da Mulher, Ericka Filippelli, nora de
Filippelli, a vice. Ao decidir ontem suspender a convenção regional do partido
que daria ao ex-vice-governador um novo mandato como presidente do
MDB/DF, Romero
Jucá mostrou que tem disposição para intervir na legenda. Filippelli não
tem muitas opções a não ser ceder. Sem mandato, ele luta contra o poder
econômico e político.
Jucá
defende oxigenação no MDB
Líder de governos de esquerda e de direita no
Senado, Romero Jucá, réu na Operação Lava-Jato, defende a entrada de sangue
novo no MDB. Pelo menos, no papel. A renovação, segundo aponta o ex-senador que
não se reelegeu, seria proveniente de políticos jovens e neófitos. “Essa
oxigenação, com o ingresso de novos filiados e de outsiders da política é
salutar e imprescindível para a renovação dos partidos”, escreveu na decisão em
que suspendeu a convenção regional do MDB, a pedido de Ibaneis Rocha e do
presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente. Para Jucá, Prudente e Éricka
Filippelli representariam a novidade, embora ambos sejam parentes de políticos
com longa trajetória política.
Apostas
erradas
Na decisão, o presidente nacional do MDB,
Romero Jucá, ressaltou que a atual direção regional do partido apostou em nomes
errados na eleição do ano passado, destinando recursos do Fundo Especial de
Financiamento de Campanha a políticos que não se elegeram, como é o caso do
próprio presidente regional, Tadeu Filippelli. Jucá ressaltou que os dois
candidatos eleitos, Ibaneis Rocha ao Palácio do Buriti, e Rafael Prudente à
Câmara Legislativa, tiveram campanhas bancadas com recursos próprios.
Em
três anos, tudo pode mudar
Se a reforma da Previdência deixar, o conselheiro
Renato Rainha pode voltar para a política em 2022. Pelas regras atuais, o
ex-deputado distrital e ex-delegado da Polícia Civil do DF poderá se aposentar
daqui a três anos, a tempo de se candidatar nas próximas eleições. Em
entrevista ao CB.Poder ontem, Rainha voltou a dizer que está longe da política
e adora seu trabalho no Tribunal de Contas do DF, mas não descarta concorrer a
um mandato, desde que haja condições. Ele ressalta também que só entraria no
páreo para o Palácio do Buriti se as coisas não avançarem no atual governo e,
claro, se tiver apoio da sociedade.
Sem
radicalismos
Por qual partido concorreria? Nem esquerda
radical nem extrema direita. Se voltar para a política, Renato Rainha deve
optar por um partido de centro.
Divergência
com o TCU
Por ora, Renato Rainha não vai se meter em
política. Está concentrado nas contas públicas. Num dos assuntos mais polêmicos
do momento envolvendo o orçamento do DF, a retenção do Imposto de Renda dos
salários de servidores pagos com recursos do Fundo Constitucional, o
conselheiro do Tribunal de Contas do DF tem posição divergente a do Tribunal de
Contas da União (TCU) que já passa a valer no próximo mês. “Com todo o respeito
ao TCU, essa decisão fere a Constituição e a lei que criou o Fundo
Constitucional do DF, de 2002”, afirmou.
Regras
contra carteirada
Duas semanas depois de um policial civil
disparar e matar um policial militar numa boate, o diretor-geral da Polícia
Civil, Robson Cândido, editou portaria com regras mais rígidas para o acesso de
servidores da carreira em casas de diversões, eventos ou outros locais sujeitos
à fiscalização. O policial deverá se identificar ao responsável pelo
estabelecimento, apresentando sua carteira funcional e preenchendo, de próprio
punho, a ficha de controle disponibilizada para tal finalidade, constando seu
nome e matrícula Quando isso ocorrer, a Corregedoria da Polícia Civil deverá
ser avisada no prazo máximo de 15 dias. Se estiver nesses locais a trabalho,
policiais não poderão consumir bebidas alcoólicas e, se for em horário de
folga, caso estejam armados, não poderão se negar a se identificar se for
solicitado.
Siga o
dinheiro
R$ 132.090.364
É o valor de contratos firmados sem licitação,
em caráter emergencial, pelo SLU, pelo período de seis meses, para limpeza,
coleta e tratamento de lixo, com as empresas Sustentare e Valor Ambiental.
Fonte: Correio Braziliense