segunda-feira, 22 de abril de 2019

Feminicídio: mulher tenta proteger irmã e acaba morta pelo cunhado, no Gama


Crime aconteceu no domingo de Páscoa e é o nono caso de feminicídio no DF este ano. O acusado foi preso em flagrante e teve prisão preventiva decretada nesta segunda-feira


Enquanto muitos descansavam depois do domingo de Páscoa (21/4), uma tragédia acontecia no Setor Leste do Gama, aumentando as estatísticas de feminicídio no Distrito Federal. Por volta das 23h40, ao tentar defender a irmã de um ataque, Eliane Maria Sousa, 49 anos, acabou morta a facadas. O acusado é o cunhado dela, o açogueiro Josué Pereira da Silva Filho, 47.

 Segundo familiares disseram ao Correio, uma sobrinha de 12 anos chegou à casa de Eliane assustada . Ela disse à tia que a mãe estava sendo agredida e pediu ajuda. Eliana foi então até o apartamento da irmã para defendê-la e acabou sendo ela a vítima.

Ao delegado-coordenador de plantão da 20ª Delegacia de Polícia (Gama), Vander Braga, a irmã de Eliane disse que estava em casa com os dois filhos, de 12 e de 17 anos, e o companheiro. Segundo ela, o acusado estava bebendo e passou a ficar agressivo, como era costume nessas ocasiões.

Depois que ele pegou uma faca, a filha de 12 anos correu para a casa da tia para pedir ajuda. Ainda segundo o relato da irmã da vítima, assim que chegou, Eliane viu o casal discutindo e Josué com a faca na mão. Ela ficou entre os dois e acabou atingida no peito. Um sobrinho da vítima, de 26 anos, chegou no local do crime e conseguiu conter o agressor, que saiu correndo. Na rua, populares lincharam Josué, que ficou completamente machucado. 

Fonte: Correio Braziliense

segunda-feira, 15 de abril de 2019

PCDF conclui laudo toxicológico de jovem achada morta no Lago Paranoá


Peritos concluíram que Natália Santos havia bebido antes de morrer. Foram encontrados também traços de drogas, mas não foi possível afirmar quando elas foram consumidas

Natália foi encontrada morta no Lago Paranoá no último dia 31(foto: Arquivo pessoal)

O exame toxicológico de Natália Ribeiro dos Santos, 19 anos, confirma que a jovem havia consumido bebidas alcoólicas no dia em que morreu afogada no Lago Paranoá, no fim da tarde do domingo 31 de março. O laudo elaborado por peritos do Instituto de Medicina Legal (IML), ao qual o Correio teve acesso, também aponta a presença de drogas no organismo da jovem, mas não traz conclusões sobre o dia em que os entorpecentes foram usados. Depoimentos de amigas sugerem que o uso pode ter acontecido no dia anterior.
De acordo com a perícia da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), 24 horas após a morte de Natália, havia 0,7 miligrama de álcool por litro de ar expelido dos pulmões. As drogas cujos traços foram encontrados são cocaína, metanfetamina e anfetamina.

O documento será uma das peças que ajudará a 5ª Delegacia de Polícia, responsável pelas investigações, a apurar o caso. Também estão sendo analisadas imagens de um vídeo da câmera de segurança do Grupamento de Fuzileiros Navais, vizinho ao Caalex, que mostrou Natália e um jovem de 19 anos, morador da Asa Norte, entrando no lago.
O uso de álcool e drogas por parte da vítima foi citado no depoimento de uma amiga dela, que foi ao churrasco no Clube Almirante Alexandrino (Caleex). Uma amiga da universitária, de 20 anos, contou que Natália tomou três copos de vodka com água e suco em pó, cerveja e uma dose de Velho Barreiro. Já outra amiga, de 19, disse que Natália comentou estar "virada" desde quinta-feira (28 de março) e admitiu ter dividido uma bala de ecstasy com ela.

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Advogado nega omissão de socorro em caso de morte de jovem no Lago Paranoá


Peritos concluem que universitária não sofreu violência no pescoço, como sustenta a família dela. Machucados no corpo foram provocados por galhos, pois ele ficou submerso por 20 horas

Nathália morreu durante um churrasco com amigos, em um clube militar(foto: Arquivo pessoal )

Dez dias após a morte de Natália Ribeiro dos Santos Costa, 19 anos, o mistério sobre o caso começa a ser desfeito. O laudo cadavérico produzido por peritos do Instituto de Medicina Legal (IML) aponta que a universitária foi vítima de asfixia por afogamento e não estrangulada, como sustentado pela família dela. O jovem que estava com ela no Lago Paranoá não deve ser indiciado por homicídio. Contudo, pode responder processo por omissão de socorro.

O resultado da autópsia da estudante indica que as lesões no corpo dela aconteceram após a morte. Eles foram provocados por galhos, pois o corpo ficou submerso por 20 horas, até ser encontrado, na tarde de 1º de abril, uma segunda-feira. A área onde ela se afogou tem três metros de profundidade. A principal teoria é a de que os jovens foram surpreendidos e, mesmo sabendo nadar, tiveram dificuldades para reagir em função do consumo de álcool.

Diferentemente do alegado por parentes de Natália, o laudo confirma que ela não teve o nariz quebrado ou sofreu qualquer tipo de agressão anterior ao afogamento, física ou sexual. Ela teria morrido por volta das 18h de 31 de março, um domingo. A jovem participava de um churrasco com amigos no Clube Almirante Alexandrino (Caalex), no Setor de Clubes Norte, administrado pela Marinha.

A 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) continua a investigar o caso. Os agentes aguardam o complemento da autópsia (como o exame toxicológico), os relatórios do laudo do local da morte e a liberação do vídeo da câmera de segurança do Grupamento de Fuzileiros Navais, vizinho ao Caalex. O laudo da mordida no braço do jovem de 19 anos, indicado como suspeito de um possível crime, também deve ser liberado junto.

Caso delicado

O delegado Alexandre Godinho disse ontem que não daria mais informações sobre o caso. De acordo com ele, a ocorrência é “delicada” e resultou pré-julgamentos do jovem investigado.  O morador da Asa Norte foi detido na tarde de 1º de abril. Ele compareceu espontaneamente na 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), onde foi registrado o boletim por desaparecimento de Natália. Mas, durante o depoimento dele, bombeiros encontraram o corpo da garota.

Histórico de caos na Saúde do DF impede alterações imediatas, diz Ibaneis


Ao apresentar balanço de 100 dias à frente do GDF, o governador Ibaneis Rocha (MDB) pediu tempo para resolver as falhas de uma das áreas prioritárias. Histórico problemático no setor impede alterações imediatas, segundo o chefe do Palácio do Buriti

Coletiva realizada ontem no Palácio do Buriti destacou as principais medidas do GDF em 100 dias, como a criação do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal e a adoção das escolas militarizadas

(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press )
Os avanços na saúde do DF começarão a ficar nítidos para a população um ano depois das mudanças realizadas no modelo de gestão de alguns hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), assegurou ontem o governador Ibaneis Rocha (MDB) em coletiva de balanço dos 100 dias de governo, no Palácio do Buriti. A criação do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (leia Memória) dá resultado, na visão do emedebista, mas é preciso mais tempo para que os usuários consigam perceber as melhorias.

Para o chefe do Executivo local, a série de problemas e a corrupção no setor impedem que as soluções sejam imediatas. “Não se muda um histórico de 15 anos de caos em três meses”, frisou. “Sei que é difícil quando o assunto é saúde, mas é preciso paciência. Temos problemas graves de estrutura que vieram de gestões anteriores. Tão graves que temos ex-secretário preso”, afirmou. A fala faz referência às prisões recentes dos chefes da pasta no governo Agnelo Queiroz (PT) Rafael Barbosa e Elias Miziara (leia Para saber mais).

Ao entrar nos problemas herdados na saúde, Ibaneis não poupou os antecessores e disparou: “A época de Frejat foi a última vez em que o DF teve saúde. Tivemos Agnelo, um médico como governador, e não resolveu. O governador anterior (Rodrigo Rollemberg) tentou melhorar com a implementação do Instituto Hospital de Base, mas foi tímido”, afirmou o chefe do Buriti. O médico Jofran Frejat foi secretário de Saúde no governo de Joaquim Roriz nos anos 1990.

Regularização

Ao longo da coletiva, em que falou sobre diversos temas, Ibaneis também deu destaque à postura que será adotada pelo GDF em relação às invasões de terras e lotes. De acordo com o emedebista, não haverá tolerância para ocupação irregular de novas áreas. Os problemas anteriores serão avaliados um a um. “O que estiver passível de regularização vai ser regularizado”, assegurou.

MPF no DF pede fatiamento de denúncia contra Temer


Ex-presidente é acusado de associação criminosa e obstrução de Justiça

(foto: Evaristo Sa/AFP)
O Ministério Público Federal em Brasília solicitou, nesta quarta-feira (10/4), o fatiamento de uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Michel Temer. 

Em manifestação enviada à Justiça Federal do Distrito Federal, os procuradores solicitam que sejam separadas em ações diferentes duas acusações que foram apresentadas contra o emedebista. 

O ex-chefe do Executivo é acusado de associação criminosa e obstrução de Justiça. A nova manifestação é um reforço das acusações imputadas a Temer em decorrência da mudança de instância da investigação.

Temer foi denunciado pelo procurador Rodrigo Janot, que chefiava o MPF em 2017. Na época, como o investigado ocupava o cargo de presidente da República, a denúncia foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) e submetida a análise da Câmara. Como os parlamentares rejeitaram a denúncia, o caso foi arquivado até que ele deixasse o cargo. Com o fim do mandato, a investigação foi enviada para a Justiça Federal de Brasília. Os procuradores do DF confirmaram todas as acusações feitas por Janot, procedimento que era necessário para a continuidade das diligências.