sábado, 23 de fevereiro de 2019

TCDF: 79% dos computadores da rede pública têm mais de 10 anos de uso


Levantamento do Tribunal de Contas do Distrito Federal identifica computadores obsoletos nas escolas públicas. No total, 41,7% das máquinas da rede de ensino estão em manutenção e 79,1% apresentam mais de 10 anos de uso
A tecnologia é uma aliada importante no processo de aprendizagem. Os professores que se restringem à tradicional fórmula de livros e quadro-negro têm cada vez mais dificuldades em manter a atenção dos alunos. Mas, na rede pública de ensino da capital federal, não há estrutura de informática para que escolas adotem métodos modernos de educação. Os computadores são obsoletos e não recebem manutenção. A maioria dos centros educacionais tem internet com velocidade baixa e, em muitos casos, paga pelos próprios pais e professores. O deficit tecnológico compromete o ensino e também a gestão. Os sistemas de tecnologia da informação usados pelas diretorias são falhos e não garantem a segurança dos dados.
As constatações fazem parte de uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) nas escolas públicas, concluída no fim de 2018. Em decisão unânime neste mês, os conselheiros da Corte deram 30 dias para a Secretaria de Educação se manifestar sobre as falhas apontadas e apresentar propostas de correção e melhorias do sistema de tecnologia da informação na rede pública. No levantamento, os auditores verificaram se os contratos da área foram executados em conformidade, se o uso dos recursos tecnológicos para fins educacionais foram suficientemente disponibilizados aos colégios e se as informações geradas pelos sistemas de gestão escolar e de apoio são confidenciais, íntegras e disponíveis.
"Infelizmente, devido à falta de estrutura, não podemos avançar nos projetos. Temos um professor responsável pelas atividades no laboratório e um educador social voluntário que faz atividades, ensinando os alunos a fazerem blogs e páginas. Mas nada além disso" Rodrigo Filgueira, Centro Educacional 6 de Taguatinga



A tecnologia é uma aliada importante no processo de aprendizagem. Os professores que se restringem à tradicional fórmula de livros e quadro-negro têm cada vez mais dificuldades em manter a atenção dos alunos. Mas, na rede pública de ensino da capital federal, não há estrutura de informática para que escolas adotem métodos modernos de educação. Os computadores são obsoletos e não recebem manutenção. A maioria dos centros educacionais tem internet com velocidade baixa e, em muitos casos, paga pelos próprios pais e professores. O deficit tecnológico compromete o ensino e também a gestão. Os sistemas de tecnologia da informação usados pelas diretorias são falhos e não garantem a segurança dos dados.

As constatações fazem parte de uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) nas escolas públicas, concluída no fim de 2018. Em decisão unânime neste mês, os conselheiros da Corte deram 30 dias para a Secretaria de Educação se manifestar sobre as falhas apontadas e apresentar propostas de correção e melhorias do sistema de tecnologia da informação na rede pública. No levantamento, os auditores verificaram se os contratos da área foram executados em conformidade, se o uso dos recursos tecnológicos para fins educacionais foram suficientemente disponibilizados aos colégios e se as informações geradas pelos sistemas de gestão escolar e de apoio são confidenciais, íntegras e disponíveis.


Durante os trabalhos, os técnicos do TCDF identificaram a defasagem tecnológica. “O parque de computadores dos laboratórios de informática é obsoleto. A falta de renovação dos equipamentos instalados nos laboratórios de informática das escolas públicas do DF compromete a sua utilização e o uso de novas tecnologias pelo aluno no processo de aprendizagem”, conclui um trecho da auditoria.

Barreiras

Problemas na internet são uma das principais barreiras tecnológicas do sistema de educação. O GDF firmou em 2013 um contrato de “fornecimento e implantação de solução global de comunicação de dados”, com valor anual de R$ 5,7 milhões. Por causa de problemas de pagamento, a empresa contratada suspendeu os serviços gradativamente a partir de maio de 2017, culminando com a paralisação completa da oferta de internet dois meses depois. Em março de 2018, o contrato foi extinto.
  


A interrupção gerou impacto nos serviços administrativos das escolas, pois os sistemas de gestão das escolas são acessados pela internet. Diante do impasse, a Secretaria de Educação autorizou as unidades a contratarem serviço de comunicação de dados com recursos do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf). Mas os diretores enfrentaram dificuldades burocráticas para contratar o acesso on-line por causa de barreiras para obter certidões negativas, pela falta de interesse de empresas proverem o serviço, por empecilhos técnicos em algumas regiões e pelo atraso no repasse da verba do Pdaf. Para driblar o apagão tecnológico, na maioria dos colégios da rede, a internet é paga por associações de pais e mestres e pelos próprios professores.

Vaquinha

No Centro Educacional 6 de Taguatinga, a internet é paga por professores e pelos pais. A direção também realiza parcerias com a comunidade para suprir necessidades do colégio. O laboratório de informática recebeu pintura e piso novo no ano passado, graças a essa ajuda, mas tem máquinas obsoletas que praticamente inviabilizam qualquer atividade pedagógica. A realidade segue o padrão identificado pela auditoria do TCDF.

Segundo o levantamento, 41,7% dos computadores da rede estão em manutenção e 79,1% apresentam mais de 10 anos de uso. “Infelizmente, devido à falta de estrutura, não podemos avançar nos projetos. Temos um professor responsável pelas atividades no laboratório e um educador social voluntário que faz atividades, ensinando os alunos a fazerem blogs e páginas. Mas nada além disso”, conta o diretor da escola, Rodrigo Filgueira. A internet contratada pela comunidade é de 2 Megas mas, na prática, não chega a 1 Mega. Dos 20 computadores comprados em 2012, só cinco funcionam perfeitamente.

O professor Humberto Valério dá aulas de informática em uma escola técnica do Areal e é supervisor do Centro de Ensino Fundamental 1 do Riacho Fundo 2. A partir de doações, ele ajudou a montar o laboratório. “Mas, hoje, nenhum dos computadores funciona direito. As máquinas levam meia hora só para ligar. Alguns professores trabalham com os celulares dos alunos para fazer pesquisas durante as aulas, por exemplo”, conta Humberto. Para os alunos do EJA, os prejuízos são grandes. “Os mais novos entendem de tecnologia naturalmente, mas temos estudantes adultos pedreiros, vigilantes e domésticas que não sabem nem segurar o mouse. Para essas pessoas, as aulas de informática são uma alegria, uma descoberta”, diz Humberto.

Promessa de melhora

A Secretaria de Educação recebeu o relatório de auditoria do TCDF, e os integrantes da nova gestão não se surpreenderam com os problemas apontados. “Tudo isso constava dos relatórios diagnósticos feitos na transição. O nosso

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Reforma da Previdência 2019


Veja os principais pontos da Reforma Previdenciária no Brasil em 2019



A Reforma da Previdência 2019  é um dos temas mais importantes discutidos no Brasil atualmente.
Não poderia ser diferente, afinal, é algo que vai interferir na vida de todos os cidadãos brasileiros, sobretudo aqueles que ainda não se aposentaram.

Quem está próximo de se aposentar fica preocupado com as mudanças, pois tem medo de ter que trabalhar muitos anos a mais para conseguir a sonhada aposentadoria.

E o motivo de tanta preocupação é justificável, pois é no momento da aposentadoria que precisamos de uma renda maior, considerando o aumento das despesas com remédios e os cuidados com a saúde em geral.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Ibaneis prorroga prazo para a adequação de cercas e guaritas em condomínios


O decreto faz parte do pacote de medidas para estimular área de construção civil no DF


postado em 15/02/2019 20:22 / atualizado em 15/02/2019 20:22


Condomínio na Octogonal(foto: Vinicius Cardoso Vieira/Esp. CB/D.A Press)
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, prorrogou o decreto 39.330/2018, que autoriza muros e guaritas nos mais de 1,3 mil condomínios horizontais do DF. A medida faz parte do programa Destrava DF, que pretende simplificar a liberação de alvarás de construção e licenças de funcionamento. A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) está encarregada do assunto. A declaração foi dada nesta sexta-feira (15/2).

Cerca de 500 mil pessoas vivem nesses condomínios chamados horizontais, por ser formado por casas e não edifícios. A prorrogação, que será publicada segunda-feira (18/2) no Diário Oficial, tem o objetivo de conceder segurança

PCDF mira fraudes em licitações realizadas pelas Administrações Regionais


Ação deflagrada na manhã desta sexta-feira (15/2) foi a segunda fase da Operação Monopólio, que começou em julho de 2018

postado em 15/02/2019 09:23 / atualizado em 15/02/2019 14:41


Imagem ilustrativa de operação da Coordenacao de Combate ao Crime contra a Administracao Publica e contra a Ordem Tributaria (CECOR)(foto: Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press)

A Polícia Civil deflagrou na manhã desta sexta-feira (15/2) a segunda fase da Operação Monopólio, que mira fraudes em licitações públicas realizadas pelas Administrações Regionais do Distrito Federal. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva nas sedes de duas empresas e nas casas de sócios dessas organizações.

"Durante as investigações foram analisados, por amostragem, 259 processos administrativos em que o grupo investigado figurou como ganhador da licitação, tendo sido apontado que, em 128 certames, duas ou mais empresas do grupo concorreram entre si. De 2011 a 2018, o grupo investigado recebeu dos cofres do Distrito Federal mais de R$ 55 milhões", divulgou a Divisão de Comunicação da Polícia Civil (Divicom).

Os principais pontos de investigação da operação são obras públicas milionárias, realizadas com a participação combinada de empresas, burlando o sistema de concorrência. As ações começaram em julho de

Extintores de incêndio de hospitais públicos do DF estão vencidos desde 2015


Extintores de incêndio de hospitais públicos do DF estão vencidos desde 2015, segundo integrantes do governo. A substituição está sendo feita em regime de urgência no programa SOS Saúde. Não dá para esperar nem mais um dia. Não é a primeira vez que isso ocorre. Em 2012, o Corpo de Bombeiros encontrou dispositivos com data de validade expirada havia mais de um ano. Em 2018, o Tribunal de Contas do DF determinou a substituição dos extintores do Instituto Hospital de Base.

Arrecadação bombada

A arrecadação do Distrito Federal cresceu R$ 133 milhões em janeiro deste ano, em comparação com o mesmo mês de 2018. Mais do que o governo pretende economizar, por exemplo, com as restrições para o passe livre estudantil. Agora a receita chegou a R$ 1,369 bilhão. No ano passado, foi de R$ 1,236 bilhão. Uma diferença de 10,7%, segundo levantamento do gabinete do deputado Chico Vigilante (PT).

Atento à movimentação

O governador Ibaneis Rocha (MDB) acompanhou atento o julgamento no Tribunal de Contas do DF sobre a PPP para concessão do estádio Mané Garrincha. Por WhatsApp, o presidente da Terracap, Gilberto Occhi, no plenário, o mantinha informado.

Transporte público para bichos de estimação

Eleito com o discurso de defesa dos pets, o deputado Daniel Donizet (PSL) quer permitir a presença de animais domésticos no transporte público do DF. Projeto de lei do distrital estabelece que os bichos sejam de pequeno porte,