Ação
deflagrada na manhã desta sexta-feira (15/2) foi a segunda fase da Operação
Monopólio, que começou em julho de 2018
postado em 15/02/2019 09:23 / atualizado
em 15/02/2019 14:41
Imagem ilustrativa de operação da Coordenacao de Combate ao Crime contra a Administracao Publica e contra a Ordem Tributaria (CECOR)(foto: Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press) |
A Polícia Civil deflagrou na manhã desta
sexta-feira (15/2) a segunda fase da Operação Monopólio, que mira fraudes em
licitações públicas realizadas pelas Administrações Regionais do Distrito
Federal. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e um mandado de
prisão preventiva nas sedes de duas empresas e nas casas de sócios dessas
organizações.
"Durante as investigações foram
analisados, por amostragem, 259 processos administrativos em que o grupo
investigado figurou como ganhador da licitação, tendo sido apontado que, em 128
certames, duas ou mais empresas do grupo concorreram entre si. De 2011 a 2018,
o grupo investigado recebeu dos cofres do Distrito Federal mais de R$ 55
milhões", divulgou a Divisão de Comunicação da Polícia Civil (Divicom).
Os principais pontos de investigação da
operação são obras públicas milionárias, realizadas com a participação
combinada de empresas, burlando o sistema de concorrência. As ações começaram
em julho de
2018, quando foram cumpridos 18 mandados de prisão temporária
contra empresários da capital.
Nesta sexta, também foi realizado um
flagrante por porte ilegal de arma de fogo e a apreensão de R$ 13 mil. Uma
pessoa com mandado em aberto era considerada foragida até o começo desta manhã,
mas às 11h30 a Polícia Civil divulgou sua prisão. A operação é orquestrada pela
Coordenação de Combate ao Crime Organizado, aos Crimes contra a Administração
Pública e contra a Ordem Tributária (CECOR).
Relembre
Em 2018, o C.B. Poder noticiou detalhes da primeira fase da operação,
apurando que um dos suspeitos de fraude havia montado um conglomerado de
empresas em nome de pessoas próximas e de "testas de ferro", para dar
cobertura em licitações nas administrações regionais. "Significa que os
preços pagos pelo GDF foram definidos pelos próprios contratados, em seleções
direcionadas", contou a reportagem.
Na ocasião, os alvos foram principalmente
dois empresários: o ex-administrador de Taguatinga Márcio Guimarães e o filho
dele Márcio Guimarães Júnior, além de supostos laranjas, três servidores
públicos, dois contadores e várias empresas suspeitas de participar das
fraudes.
As irregularidades aconteciam com pequenos
contratos em que as empresas eram selecionadas por meio de carta convite. Mas,
segundo a apuração da Polícia Civil, as empresas ou a maioria delas são ligadas
a mesma pessoa, de forma que as propostas eram manipuladas para dar um ar de
competição à licitação.
Fonte: Correio Braziliense