Estrategistas do governo acreditam que
número de votos favoráveis ao governo na quarta poderá ser um termômetro para
saber se o Planalto tem apoio suficiente na Previdência. Oposição analisa se
obstrui a sessão de votação da denúncia
A
dois dias da votação que poderá definir se o presidente Michel Temer segue ou
não no comando do país, o Planalto garante que tem entre 260 e 280 votos para
arquivar a denúncia de corrupção passiva contra o peemedebista. O número
necessário são 172. E quer aproveitar esse número como base para provar que o
peemedebista não ficará paralisado até dezembro de 2018. Segundo os
governistas, quem vota alinhado ao Executivo também apoia a Reforma da
Previdência. O resultado, então, serviria como termômetro para medir o patamar
mínimo de apoio às mudanças nas regras de aposentadoria.
Antes
da crise deflagrada pela delação do empresário Joesley Batista, no dia 17 de
maio, os estrategistas palacianos calculavam que tinham aproximadamente 300
votos favoráveis à reforma da Previdência. O texto-base havia sido aprovado na
Comissão Especial e os planos eram de conseguir pelo menos mais 50 votos para
dar uma margem de segurança para a aprovação da matéria. A conversa entre o
dono da JBS e Temer, no Palácio do Jaburu, fritou todas as contas políticas.
Tudo
no governo passou a ser concentrado no esforço para evitar que Temer fosse
derrubado antes do término do mandato. “Vencemos na Comissão de Constituição e
Justiça e vamos para o plenário com um relatório