O poder moderador é o Supremo Tribunal
Federal (STF), como manda a Constituição, inclusive em relação às decisões do
juiz Moro
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Não
é normal, por mais grave que seja uma crise política, o presidente da República
repetir a todo instante que não vai renunciar ao mandato, como disse Dilma
Rousseff ontem no meeting organizado por seus partidários do mundo jurídico no
Palácio do Planalto. ... Transmitido ao vivo e em cores pela tevê estatal
NBR, a solenidade foi um encontro do tipo “nós com nós” para injetar ânimo nos
militantes petistas e construir a narrativa de que há um golpe de Estado em
marcha no País.
O
advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo, deu caráter oficial à
agitação política ao invocar a frase famosa da lendária líder comunista Dolores
Ibarruri na defesa de Madrid, durante a Guerra Civil Espanhola: “Não passarão!”
O que tem a ver a crise tríplice que estamos vivendo no Brasil — ética,
política e econômica — com os acontecimentos da Espanha que antecederam a II
Guerra Mundial? Absolutamente nada, exceto a retórica esquerdista adotada por
Dilma e seu ministro para jogar areia nos olhos da opinião pública.
Dilma
lançou uma campanha “pela legalidade”, para barrar suposta conspiração golpista
liderada pelos partidos de oposição, quando se sabe que as gigantescas
manifestações contra o governo passaram ao largo dos partidos. Investiu outra
vez contra o juiz Sérgio Moro, de Curitiba, uma autoridade constituída, que
acusa de colocar em risco a segurança nacional. E disse que o processo de
impeachment em