O tipo hoje usado na capital é um deles.
Dengue avança 80,3% em uma semana e dois novos casos de zika são confirmados em
grávidas
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Para estudioso da UnB, o fumacê não combate o inseto transmissor da dengue, do zika e da chikungunya, tem apenas efeito psicológico |
Dos cinco inseticidas autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) para combater o Aedes aegypti, quatro já não são eficazes — o inseto
se tornou resistente aos produtos. Na capital federal, o mosquito é imune ao
veneno usado. Segundo pesquisadores da Fundação Fiocruz, o Lambda-Cialotrina,
aplicado pela Secretaria de Saúde na cidade, não mata o bicho. Além disso, os
principais levantamentos que monitoram a incidência do mosquito estão
suspensos. O Executivo local alega seguir recomendações do Ministério da Saúde.
Mas, segundo a pasta federal, o governo é independente para fazer os estudos. A
dengue não dá trégua e em apenas uma semana aumentou 80,3% — são 2.161 casos em
2016. Duas grávidas contraíram zika no DF, segundo o mais recente Boletim
Epidemiológico divulgado ontem.
Denise
Valle, pesquisadora da Fiocruz, explica que o uso indiscriminado dos
inseticidas provocou a ineficácia dos produtos. “Isso era uma ação de
emergência, mas substituiu a eliminação dos focos”, frisa. Até 2000 se usavam
compostos organofosforados para controle do Aedes, mas, com o tempo, o produto