Deputados
chegaram a aprovar alguns destaques, mas conclusão da votação ficou para
agosto.
Uma polêmica envolvendo o financiamento de
campanhas por empresas impediu o plenário de concluir a reforma política nesta
quarta-feira.
Os deputados chegaram a aprovar, em segundo turno,
destaques que retiraram do texto a previsão de mandatos de cinco anos, mantendo
os atuais quatro para vereadores, prefeitos, deputados, governadores e
presidente, e oito anos para senadores. Também retiraram do texto a mudança na
data de posse de governadores e presidente, mantendo o dia primeiro de janeiro.
Mas o líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani,
pediu que o presidente Eduardo Cunha não considerasse válido destaque que
pretendia retirar do texto a previsão de financiamento empresarial. Segundo
Picciani, o destaque buscava resgatar um texto que já tinha sido rejeitado na
análise da reforma política em primeiro turno.
Antes de tomar qualquer decisão, Eduardo Cunha
convocou reunião entre os líderes partidários. Foi lá que, ao perceber que não
haveria acordo no tema, decidiu adiar a votação para agosto, depois do recesso
parlamentar.
Segundo o presidente, ele está diante de um dilema.
Eduardo Cunha concorda com a tese de que o destaque não é válido, mas como o
texto principal da reforma política já foi aprovado com o termo "pessoa
jurídica" destacado, ele não pode considerar o financiamento empresarial
aprovado.
"Eles destacaram apenas a expressão 'ou
jurídica', que se não atingir 308, vai ficar no texto valendo o financiamento
para pessoa física, que foi rejeitado no primeiro turno. Então,
consequentemente, eu deveria indeferir esse