sexta-feira, 27 de abril de 2012

o Estado do Rio reservou R$ 36 milhões sem licitação para Delta Construções

Desde a queda do helicóptero no Sul da Bahia, no ano passado, quando sete pessoas morreram ao tentarem chegar na festa de aniversário do empresário Fernando Cavendish, dono da Delta Construções, o estado do Rio empenhou (reservou para pagar) R$ 36 milhões à empresa por serviços e obras contratados, sem licitação. Cavendish é amigo do governador Sérgio Cabral (PMDB), que também estava na Bahia para participar da comemoração.
 
Pelos dados obtidos no Sistema de Administração Financeira do Estado (Siafem), entre julho e dezembro de 2011, foram empenhados R$ 22,7 milhões para a Delta. Este ano, foram mais R$ 13 milhões. Todos os empenhos são referentes a contratos com dispensa de licitação, segundo o deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB), que fez o levantamento.
 
Esses são alguns dos contratos que a Secretaria estadual da Casa Civil deverá analisar nas próximas semanas, no pacote que integra a auditoria anunciada pelo governo nos contratos assinados com a Delta. Segundo a Secretaria de Obras, os contratos são emergenciais — medida que possibilita a dispensa de licitação — e se referem aos trabalhos de limpeza das cidades da Região Serrana atingidas pelas chuvas do primeiro semestre do ano passado. Os pagamentos envolvem ainda, informou a secretaria, o serviço de “busca de corpos, desobstrução de estradas, demolição de casas e retirada de entulhos”.
 
Após o envolvimento do governador com Fernando Cavendish vir à tona, Cabral criou uma comissão de ética para avaliar desvios de servidores do primeiro escalão.Informações de O Globo

Cachoeira se considera preso político, diz mulher do empresário







Andressa Mendonça (foto), 30, mulher do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, diz que o marido está "revoltado" e declarando-se um "preso político". Em entrevista à Catia Seabra, publicada na Folha desta sexta-feira, disse que Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, não descarta prestar um depoimento bombástico à CPI da qual é alvo no Congresso.
 
"Ele reflete muito. Como toda pessoa que está presa, longe dos seus, pensa uma coisa e, depois, pensa outra. Difícil saber o que vai acontecer. Ele não tomou uma decisão", afirma. Cachoeira está preso desde 29 de fevereiro e é acusado de explorar jogos ilegais em Goiás e no Distrito Federal. 

Aécio diz que Serra pode ser candidato em 2014


Para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) pode ser candidato a presidente da República em 2014 mesmo se for eleito prefeito de São Paulo em 2012. "As circunstâncias lá na frente podem demonstrar que ele [Serra] é a grande alternativa para a sucessão presidencial. Eu não afasto isso de maneira peremptória e definitiva", disse Aécio.
 
O senador falou sobre o assunto no "Poder e Política - Entrevista", programa do UOL e da Folha conduzido pelo jornalista Fernando Rodrigues no estúdio do Grupo Folha emBrasília.  Ainda sobre a eleição presidencial de 2014, Aécio Neves se disse "preparado" e "muito competitivo" para disputar o Planalto. Mas afirmou que entre seus defeitos "não está o da obsessão" e que pode apoiar outro candidato que tiver mais chances de vitória.
 
Na entrevista, o político mineiro também criticou a presidente Dilma Rousseff, a quem atribuiu nota 5, numa escala de zero a dez. "É bem intencionada, mas ela não consegue fazer o que precisa ser feito. Não consegue fazer o país avançar nas grandes reformas", afirmou.
 
Ele falou ainda sobre a CPI do Cachoeira, que foi instalada no Congresso nesta semana e deve investigar as relações de políticos com o empresário Carlinhos Cachoeira, preso e suspeito de chefiar uma máfia de jogos ilegais.
 
Segundo Aécio, o cenário atual indica que será cassado o mandato do senador Demóstenes Torres (ex-DEM). O senador disse ainda que todos os citados nos grampos da Polícia Federal e suspeitos de envolvimento com Cachoeira devem ser investigados, inclusive o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Sobre o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), que é amigo de Cachoeira, Aécio disse que o PSDB pode decidir por licenciá-lo.Informações da Folha. 
 

Eita, Brasil!


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Anunciado investimento de R$ 604 milhões para recuperação da CEB


Um plano de recuperação econômica vai destinar recursos de R$ 604 milhões para a Companhia Energética de Brasília (CEB).  Atolada em dívidas, a CEB representa um grande desafio para o governo Agnelo Queiroz, situação que foi discutida em comissão geral nesta quinta-feira (26) na Câmara Legislativa, sob a presidência do deputado Chico Vigilante, líder do bloco PT/PRB, quando o presidente da empresa, Rubem Fonseca, anunciou a aprovação e liberação do empréstimo, proveniente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

“Todos nós sabemos que não há desenvolvimento sem energia. Ninguém investe onde não há energia. Antes do capital, tem de haver energia”, declarou Vigilante ao abrir a comissão. O deputado ressaltou que a ideia de “abrir o intestino da CEB” objetiva encontrar propostas para que Legislativo e Executivo possam transformá-la em uma companhia de ponta, como já foi no passado.

Rubem Fonseca lembrou a situação da Companhia no início do governo, em 2011, quando apresentava R$ 877 milhões em dívidas, não recolhia ICMS e devia R$ 57 milhões em multas à Aneel. Ele disse que a CEB estava sendo preparada para ser vendida. “Apesar de destroçada financeiramente, economicamente é uma empresa vigorosa, ela fatura dois bilhões por ano. Então tem muita gente querendo comprar. E não é só pelo sistema econômico vigoroso, é por que ela tem terrenos valiosíssimos”, ressaltou.

Segundo Fonseca, parte da crise na CEB foi motivada pelos próprios órgãos públicos, já que várias Secretarias e empresas do GDF não pagavam suas faturas.  Após renegociação das dívidas, a CEB investiu na renovação da frota de veículos, voltou a recolher cerca de R$ 40 milhões mensais de ICMS e vai anunciar lucro no mês de maio. "Conseguimos o aval técnico do BNDES para financiar nossas dívidas”, observou, acrescentando que cerca de R$130 milhões estão sendo investidos em obras.

Para o diretor do Sindicato dos Urbanitários do DF (STIU), Jeová Pereira, a opção da CEB por investir em geração de energia em detrimento da distribuição explica os problemas enfrentados atualmente. Ele atribui o caos ao qual a CEB chegou aos investimentos na obra de Corumbá IV, na gestão do ex-governador Joaquim Roriz.