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Foto: da wikipedia |
A menos de 1 ano, 1 mês e 8 dias para o primeiro turno das
eleições de 2026, o Distrito Federal já começa a assistir ao movimento de
possíveis candidatos ao Palácio do Buriti. Entre os nomes em destaque está
Ricardo Cappelli, atual presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento
Industrial (ABDI), que busca se apresentar como uma alternativa de renovação
para os brasilienses.
Mas é preciso olhar com cuidado: Cappelli pode ter currículo
robusto em cargos de confiança, mas não tem raízes no Distrito Federal.
Nascido no Rio de Janeiro, construiu sua trajetória política no movimento
estudantil, em cargos federais e até no Maranhão, mas nunca viveu de fato a
realidade do brasiliense. Sua ligação com Brasília sempre foi funcional,
marcada por nomeações e funções de passagem.
Outro ponto importante é sua filiação partidária. Cappelli é integrante do Partido Socialista Brasileiro (PSB), legenda de centro-esquerda com raízes históricas na Esquerda Democrática. O PSB busca se apresentar como alternativa de renovação da esquerda no país, mas, na prática, se mantém alinhado aos mesmos grupos políticos que hoje ocupam o poder e que têm contribuído para a crise social e econômica que atinge milhões de brasileiros. Todos os cargos de destaque ocupados por Cappelli foram resultado de nomeações feitas por governos de esquerda – do Ministério do Esporte, passando pelo governo do Maranhão, até chegar aos postos no Ministério da Justiça e na presidência da ABDI.
Agora, em pleno aquecimento da pré-campanha, Cappelli
percorre cidades do DF, repetindo críticas à atual gestão e se colocando como
“a solução” para os problemas da capital. Mas onde estão as propostas
concretas? Onde está o conhecimento real das dificuldades enfrentadas pelos
brasilienses?
O que se vê, até o momento, é muito discurso de ocasião.
Cappelli adota a retórica fácil de quem chega de fora, aponta defeitos, promete
mudanças, mas não explica como pretende transformar a realidade. Falar em
melhorias sem apresentar projetos sólidos é confortável, soa bem ao público,
mas não passa de narrativa.
O Distrito Federal precisa de gestores que conheçam suas
cidades, suas carências históricas e os desafios diários de sua população. Não
de figuras que, “caindo de paraquedas”, acreditam que alguns meses de
peregrinação política no DF bastam para compreender a complexidade local.
Diante do cenário atual, em que o país sofre os efeitos das
escolhas dos mesmos grupos políticos que projetaram Cappelli, é difícil
acreditar que a população do DF dará palanque a mais um nome fabricado pela
esquerda.
Fonte: A Redação