sexta-feira, 13 de abril de 2012

Em assembleia, professores decidem continuar greve por tempo indeterminado

Em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (13/4) o Sindicato dos Professores (Sinpro), junto com os docentes, decidiu continuar a greve por tempo indeterminado. Os manifestantes saíram em carreata do Teatro Nacional, onde aconteceu a assembleia, até o Palácio do Buriti. Segundo a Polícia Militar, cerca de 4,5 mil pessoas participaram do evento, que começou às 9h30.

Os manifestantes fecharam as seis faixas do Eixo Monumental, causando engarrafamento. Os motoristas que passavam pelo local tiveram que ter paciência para trafegar por lá. Por volta de 13h40, quando os grevistas chegaram ao Palácio do Buriti, as faixas foram liberadas. 

Agnelo agora diz que já esteve com Carlinhos Cachoeira

Encontro aconteceu em Anápolis quando governador era diretor da Anvisa, afirma porta-voz

BRASÍLIA - O governador Agnelo Queiroz (PT) reconheceu na quinta-feira que teve um encontro com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Segundo o porta-voz do governo, Ugo Braga, Agnelo teve uma reunião com Cachoeira entre 2009 e 2010, quando era diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O porta-voz negou contradições nas declarações do governador sobre as supostas relações com Cachoeira. O nome de Agnelo apareceu em conversas de integrantes da organização do bicheiro sobre negócios da Delta Construções no governo do Distrito Federal.
Na quarta-feira, um repórter perguntou se Agnelo tivera um encontro com Cachoeira, conforme indicaria uma conversa entre o bicheiro e o araponga Idalberto Matias, o Dadá, gravada pela Polícia Federal em junho do ano passado. O governador se limitou a dizer que o encontro mencionado “não houve”. Nesta quinta-feira, questionado novamente sobre o assunto, o governador respondeu, por intermédio do porta-voz, que teve um encontro com Cachoeira em Anápolis, há dois ou três anos.
— Quando ainda era diretor de Anvisa, ele (Agnelo) fez uma visita a laboratórios e, numa roda de empresários, foi apresentado ao Cachoeira. Mas foi numa rodinha de empresários. Eles não falaram a sós — disse Braga.
Referências ao governador aparecem em pelo menos dois trechos do relatório da Polícia Federal sobre os negócios da organização de Cachoeira. O nome de Agnelo foi citado numa conversa entre Dadá e Marcelo Lopes, ex-subsecretário de Esportes, conforme revelou o Jornal da Globo na quarta-feira. Marcelo trata Dadá pelo apelido de Chicão e avisa que Agnelo mandou “cuidar” da Delta.
“Teve uma reunião, Chicão, entre o Agnelo; Agnelo, o Rafael e João Monteiro, agora esses dias. E o Agnelo falou para o João diretamente, isso foi o Cláudio me contando, pra cuidar da Delta, pra deixar tudo, pra não dar problema nenhum no lixo”, disse Marcelo no trecho gravado.
João Monteiro, que é o ex-diretor do Serviço de Limpeza Urbana de Brasília (SLU), foi demitido na semana passada, depois que começaram a surgir as primeiras informações sobre o suposto envolvimento de integrantes do governo Agnelo com a organização de Cachoeira. Rafael seria Rafael Barbosa, secretário de Saúde do governo do Distrito Federal. Cláudio é Cláudio Abreu, ex-diretor regional da Delta. João Monteiro teria sido indicado para o cargo pelo ex-chefe de Gabinete do governador Cláudio Monteiro.
O ex-chefe de Gabinete deixou o cargo depois que o nome dele apareceu em conversas entre Dadá e Cláudio Abreu. Os dois falavam sobre pagamentos e até sobre a doação de um rádio Nextel para João Monteiro.

Transparência nas informações públicas será tema de Dilma e Hillary

Em visita a Brasília na próxima semana, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, participa com a presidente Dilma Rousseff da 1ª Conferência Anual de Alto Nível da Parceria para Governo Aberto. A parceria foi lançada há oito meses por Dilma e pelo presidente norte-americano, Barack Obama. Desta vez estarão presentes representantes de 42 países que vão aderir à iniciativa. A reunião ocorrerá no dia 17.

A Parceria para o Governo Aberto é um acordo feito pelos governos para implementar medidas de prevenção à corrupção, promoção da transparência de dados públicos e utilização de ações que dão mais poder aos cidadãos e às populações em geral. Hillary terá também reuniões com empresários e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.

Ela passará dois dias em Brasília, depois de participar da 6ª Cúpula das Américas, em Cartagena das Índias, na Colômbia. Com Patriota, a secretária participa da 3ª Reunião do Diálogo de Parceria Global Brasil–Estados Unidos. A ideia é rever uma série de acordos firmados entre os dois países e as decisões definidas no começo desta semana durante a visita de Dilma a Washington e Boston.

Do Brasil, Hillary segue para a Bélgica. Em Bruxelas, a secretária de Estado norte-americana se reunirá com o comando da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que é formado por 28 países e conta com o apoio de 22 nações, consideradas parceiras. A Otan foi responsável pelo confronto armado na Líbia. O Brasil foi contrário à intervenção externa militar na região.

A visita de Hillary ocorre a menos de uma semana do retorno de Dilma aos Estados Unidos. A presidente esteve com Obama no último dia 9 e, no dia 10, visitou as universidades de Harvard e Massachusetts, em Boston. Predominaram nos encontros as discussões sobre os impactos da crise econômica internacional, a inclusão social, ciência e tecnologia.

Criança vítima de bala perdida em Samambaia

Uma criança acaba de ser baleada próximo a uma escola na QR 403 Conjunto 11 de
Samambaia, a vítima foi atingida no abdome com tiro de pistola e levada em estado
grave ao HRSAM por policiais militares, segundo informações preliminares, a criança
foi alvo de bala perdida.
Aguardem mais informações.

Gravações mostram ligação de assessor de Agnelo com Cachoeira



O chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, Claudio Monteiro, anunciou sua saída do cargo na noite desta terça-feira (10). O anúncio ocorre depois de o Jornal Nacional, da TV Globo, revelar trechos de gravações feitas pela Polícia Federal que apontam a suposta ligação de Monteiro com o grupo de Carlinhos Cachoeira, suspeito de comandar esquema de jogo ilegal em Goiás.
“A pior coisa que tem é você ser premido pelo cargo e impossibilitado de tomar um conjunto de providências. Eu tinha dois cargos que acumulava aqui - chefe de gabinete e secretário - executivo da Copa. Meu nome foi levado à isso por pessoas com quem não tenho contato”, disse ao G1.
Monteiro disse que pretende processar a PF e as pessoas que o citaram na gravação revelada pelo Jornal Nacional. “Ou a Polícia Federal apurou e aquilo não foi praticado ou apurou e não tomou providência, o que é prevaricação.”
Na gravação, dois integrantes da quadrilha discutem o pagamento de uma mesada para ter benefícios em contratos milionários no setor de limpeza pública. Monteiro nega ter favorecido o grupo.
A conversa foi gravada pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, em janeiro do ano passado, e obtida pelo Jornal Nacional. Diretor da Construtora Delta na região Centro-Oeste, Claudio Abreu liga para Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, um dos principais auxiliares do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Segundo a polícia, os dois falam sobre a nomeação de um aliado da quadrilha na direção do Serviço de Limpeza Urbana de Brasília (SLU), área de interesse da Delta. Eles citam dois nomes: Marcelão, que seria o ex-assessor da casa militar do GDF, Marcello Lopes, e Claudio Monteiro, chefe de gabinete de Agnelo Queiroz.
Dadá: "O Marcelão tá aqui comigo, entendeu. Eu tava falando para o Carlinhos, o seguinte. Ele veio da reunião com o Claudio Monteiro, entendeu, então ele tava falando o seguinte, que é ideal você dar um presente pro cara. A nomeação só vai sair na terça-feira no Diário Oficial."
Claudio Abreu: "Dadá, resume. O que é que é pra dar pra ele, Dadá?"
Dadá: "Dá o dinheiro para o cara, meu irmão."
Claudio Abreu: "Faz o seguinte. Vamos dar R$ 20 mil pra ele e R$ 5 mil por mês, pronto! Nós vamos dar R$ 20 mil pra ele agora e R$ 5 mil por mês, entendeu?"
Dadá: "Vou falar com o Marcelão aqui."
Segundo a investigação, Claudio Monteiro foi o responsável pela indicação do nome de João Monteiro na direção do SLU. A PF não comprovou se o chefe de gabinete do GDF recebeu o dinheiro. A apuração da polícia indica que a quadrilha esperava que João Monteiro facilitasse negócios da Delta na coleta de lixo do DF.
Atualmente, a empresa tem dois contratos na área de limpeza pública do DF, no valor total de R$ 470 milhões. Os contratos foram fechados antes de Agnelo assumir o GDF.
O chefe de gabinete de Agnelo admite que recebeu Claudio Abreu e Dadá em audiência. Ele afirma, porém, que nunca favoreceu a empresa ou recebeu dinheiro. “Não recebi nem providenciei nomeação. Eu não tenho nada, absolutamente nada com isso.” João Monteiro foi exonerado do SLU no fim de março.
Assessores do governador do DF foram novamente citados em outro telefonema. A conversa é entre Dadá e Cachoeira. Eles falam sobre a entrega de rádios para facilitar o contato com Marcello Lopes e Claudio Monteiro.
Dadá: "Já recebeu os rádios aí?"
Cachoeira: "Chegou 4 chip aqui. Você quer que guarde para você?"
Dadá: "Quero, quero. Que ele vai dar um para o Claudio Monteiro, um outro para o Marcelão, tem que tar fazendo a ponte com ele. Tem que ficar perto dele."
Em outro trecho, Dadá resume em uma frase como a quadrilha de Cachoeira operava. “A regra é clara: você faz, você recebe. Você não fez, não vai receber.”
O ex-diretor do SLU, João Monteiro, disse que nunca teve contato com a quadrilha nem facilitou negócios para a empresa Delta. A Delta declaração não ter qualquer relação imprópria com João Monteiro e reafirmou que afastou Claudio Abreu por causa das ligações com Cachoeira.
Marcello Lopes não comentou as denúncias. O advogado de Idalberto Matias de Araújo disse que só vai se pronunciar quando tiver acesso ao inquérito.