segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Celina Leão: a bela desafiante de Agnelo Queiroz

A deputada, que já foi eleita musa, lidera a diminuta oposição ao petista, que recebeu dinheiro de lobista e é citado em escândalo no Ministério do Esporte

A deputada distrital Celina Leão: nem tente chamá-la de musa (Pedro Goularte/Divulgação)
"Tenho feito uma oposição de coragem. Brigo com uma máquina com poder de fogo altíssimo. Estou aqui com meu estilingue. A gente tem medo de tudo."
A voz mais incisiva contra o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), vem de uma doce figura: a deputada distrital em primeiro mandato Celina Leão (PSD, ex-PMN e ex-PSDB), de 34 anos. Goiana de nascimento, evangélica por conversão e administradora de empresas por formação, ela foi eleita pela revista PLAYBOY uma das deputadas mais bonitas do Brasil. Mas diz que o estereótipo mais atrapalha do que ajuda. 
E não foi preciso muito tempo de mandato para que ela mostrasse serviço: em uma Câmara Legislativa dividida entre aliados subservientes ao governo e adversários ficha-suja que temem se expor para cobrar providências sobre os sucessivos escândalos envolvendo o governador, a novata se transformou na líder de uma oposição fragmentada, frequentemente reduzida a três integrantes.
A desafiante do governador quer arrumar tempo para se dedicar mais ao marido (é casada há oito anos) e aos dois filhos. A herdeira mais velha, de 14 anos, quase pode se passar por uma amiga da mãe. Celina agora tenta convencer a filha a não participar da festa de formatura do Ensino Fundamental - os 2 mil reais cobrados pelos organizadores do evento são demais para a deputada.É dela que vêm as maiores cobranças sobre o envolvimento de Agnelo com a máfia das ONGs no Ministério do Esporte e sobre a suspeita relação do ex-diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com lobistas da indústria farmacêutica.
Embora tenha um passado ligado à família Roriz, Celina conseguiu escapar relativamente ilesa de sua relação com o clã. E agora mira seu "estilingue" contra a máquina petista que sustenta o governo local, imerso em denúncias de corrupção.
Por que Agnelo Queiroz não merece ficar no governo? É como se, por onde ele passou, ele tivesse deixado um rastro de corrupção. Uma coisa que eu agradeço a Deus: a mídia nacional está noticiando o que está acontecendo aqui. Muitas vezes nesse plenário da Câmara eu penso: "Meu Deus, eu sou louca. É um suicídio político". Quando a imprensa nacional começa noticiar, isso é importante. Quando tem pressão, a população começa a escutar e começa a se posicionar também. No curto prazo nós vamos ter uma limpeza política. Além desses escândalos, o governo não anda. Agnelo foi eleito com uma disposição de mudança, mas com os mesmos personagens do passado que estão aí em cargos-chave. A gente de Roriz e de Arruda está toda aí no governo, sem ideologia nenhuma e com as mesmas práticas - algumas piores ainda. Contratos que levaram à Operação Caixa de Pandora estão sendo renovados sem licitação.
Só existem mesmo três deputados de oposição em Brasília? É. Não consigo enxergar mais do que três. Todos do PSD. E não é fácil. A minha equipe morre de medo. Diz: "Eles vão falar de você no jornal".  Eu paguei o preço para estar na oposição. Tenho feito uma oposição de coragem. Você está brigando com uma máquina que tem um poder de fogo altíssimo e você está com seu estilingue. Quem quer ir para a oposição que tem coragem de brigar com o governador? Sendo seguido por gente, como a gente é, com os telefones todos grampeados, como os nossos telefones são. A gente tem medo de tudo.
Em determinados momentos, se você não tiver muita coragem e fé em Deus você diz: "O que eu estou fazendo aqui?"  É um estado policialesco. Eu fiz oposição a esse governo desde o começo e nunca fiz isso porque eu queria alguma coisa de Agnelo. Pelo contrário: eu sempre fui procurada por eles para que eu fosse base do governo, mas eu nunca acreditei porque eu conheço essas denúncias desde a época da campanha. Eu tenho um gênio muito forte. Tem gente que fala assim para mim: "Você está brigando muito com o Agnelo, você acha que isso vai ser bom pra você?" Poxa, pode ser o meu último mandato, mas eu estou fazendo o que eu acho que é certo. Os próprios parlamentares têm medo de dossiê que está sendo montado. 
O PT sempre soube fazer uma oposição dura. Os outros partidos não aprenderam a jogar o mesmo jogo? Eu acho que nós temos de viver um novo momento. O PT sabe fazer oposição, é unido. Se fosse outro governador com os bens bloqueados, como Agnelo ficou, não estaria o caminhão da CUT com os professores acampados aqui na porta? A população precisa acordar: a esquerda não pode ser inimputável. Tem gente que está em partidos de direita e de centro e que tem pensamentos progressistas. Infelizmente os movimentos sindicais ainda estão  na mão da esquerda. É como se você tivesse, para fazer oposição, só a sua voz. A oposição, no governo Dilma, cresceu em termos de voz. Conseguiu fazer mudanças e contribuir para que mudanças fossem feitas no governo Dilma. Até porque ficou quem queria ficar. Os mornos saíram para o PSD ou para outro partido. O que você percebe é que nenhum parlamentar quer ficar de fora da base. Mas como você vai construir uma democracia sem oposição? 
Mas a senhora, justamente por estar no PSD, pode acabar se aliando ao PT em um futuro próximo. Vamos ver onde a gente vai se posicionar. Pela presidência do nosso partido aqui em Brasília, acho difícil uma composição com o PT em 2014. Eu não iria para a rua ao lado do PT. Aqui no Distrito Federal, não. Se for essa posição do partido, eu posso até sair do partido e perder o mandato. Fazer campanha do lado do PT eu não faço. 
A senhora é brava? Eu sou 100% emoção. Às vezes meus assessores dizem: "Não fala isso no plenário, você vai arranjar uma briga". E eu não dou conta. Outro dia eu fui convidada para o baile dos médicos. O vice-presidente do Conselho Regional de Medicina me disse: "O secretário de Saúde está aqui. Você quer cumprimentá-lo? Mas não brigue com ele, por favor, porque hoje é uma festa". Eu virei um monstro!
Há suspeitas sobre a passagem da senhora pelo gabinete de Jaqueline Roriz. Fui chefe de gabinete dela por dois anos. E tenho muito orgulho porque fui muito eficiente, modéstia à parte. Não sei fazer nada mais ou menos. Eu gosto de trabalhar, sei trabalhar, gosto de gente. Teve uma empresa que prestou um serviço para a Administração Regional de Samambaia, por meio de carta-convite. E essa empresa é de um cunhado meu. E prestou serviço igual a várias outras empresas. Quando a empresa fez a obra eu nem estava mais no gabinete dela.  Eles querem criar um fato como se fosse uma ilegalidade. O Ministério Público investigou tudo isso e não achou nada. E o Tribunal de Contas liberou o pagamento.
Mas a senhora não facilitou? Não houve nenhuma interferência, porque ele fazia obra em outros lugares, também. Essa tentativa de me desacreditar foi algo que eles quiseram plantar. O que é imoral e ilegal é o secretário de Saúde ter uma esposa que é dona de clínicas de hemodiálise e presta serviços para o governo.  As pessoas tentam nos desabonar. Eu era chefe da filha do ex-governador que havia saído do governo com 80% de aprovação e sido eleito senador. Eu tenho muito orgulho do meu passado. Não sou covarde. Jaqueline é minha amiga. Se ela fez algo errado vai ter de pagar. Já está pagando, política e juridicamente. 
Como a senhora foi virar secretária do governo Joaquim Roriz? Eu fui secretária do governador Roriz em 2006. Eu era presidente de uma ONG. Estávamos lutando para que criassem a Secretaria Nacional da Juventude.  E pedimos que o governador criasse uma secretaria aqui também. Quando ele criou, fui convidada para ser a secretária. Eu assumi num final de governo, durante um ano eleitoral. Eu não tinha orçamento, nem equipe para trabalhar.
O eleitor do Distrito Federal está descrente com a política. Não teme que ele acabe marcando a senhora por ter sido ligada a Joaquim Roriz? Meu mandato como deputada começou em primeiro de janeiro e vou ser avaliada pela minha vida como parlamentar. Da minha gestão não há o que falar. Eu tenho deixado a minha independência política muito clara, sem falar mal dessas que passaram pela minha vida, porque isso é feio, desonesto e desleal. Eu não posso ser culpada nem pelos erros nem pelos acertos do Roriz, não sou filha do Roriz, não carrego os legados ele. Ele fez algumas ações importantes e tem coisas negativas como qualquer outro político. 
A senhora vê o governador Agnelo de forma diferente da presidente Dilma? Acredito que sim. Dilma tem tido coragem de tirar todas as pessoas que são acusadas de corrupção no governo dela.
Quando fica inevitável. Mas muitas vezes Lula não fez. Houve escândalos horríveis e ele fingiu que nada aconteceu. Dilma teve coragem de mexer em lugares que tinham muitos interesses econômicos. Não votei nela. No primeiro turno escolhi a Marina, que eu admiro muito, e no segundo turno votei em José Serra.  Hoje seria até capaz de votar em Dilma, se ela continuar com essa postura de tirar o que é errado do governo. Mas tenho profunda admiração pelo PSDB, que é meu partido de origem. Acho que o PSDB contribuiu muito com a história e não é tão ligado à corrupção quanto o PT.
A beleza ajuda ou atrapalha? A PLAYBOY me elegeu uma das deputadas mais bonitas do Brasil. Por um mês, as pessoas ficaram me chamando de musa. E era algo que me incomodava muito, porque beleza passa. E às vezes depende da referência. Muita gente olha e diz: "Mas essa aqui é a musa?". Eu queria ser lembrada pelo meu trabalho. Mas não demorou mais de vinte dias eu perdi o nome de musa e já virei leão.

Amanhã dia 15 de novembro aconterá o dia da mobilização contra a corrupção

Amanhã dia 15/11/2011 as 09:00 acontecerá a marcha contra a corrupção, a concentração será em frente ao museu nacional, não percar, vamos todos a luta contra a corrupção que está assombrando a capital do brasil, vamos a luta contrar esse governador que está rindo de nossas caras.

sábado, 5 de novembro de 2011

Escutas revelam que delegada Martha aconselhou envolvidos

Interceptações telefônicas e de rádio feitas com autorização da Justiça agravam a situação da delegada Martha Vargas, ex-chefe da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul). Documentos reunidos durante a Operação Centenário, os quais o Correio teve acesso com exclusividade, mostram que a policial teve conduta indevida com a vidente Rosa Maria Jacques e o marido dela, João Toccheto de Oliveira, presos em agosto do ano passado sob a acusação de apontar pessoas inocentes como autoras do triplo homicídio ocorrido na 113 Sul. Martha esteve à frente do caso na fase inicial das investigações e acabou exonerada do cargo por conta de falhas ao longo do inquérito.

O casal teria procurado a investigadora em 31 de outubro de 2009 para dizer que poderia contribuir com a investigação. Algumas das conversas com a delegada, interceptadas pela Polícia Civil, ocorreram entre 26 de abril e 5 de maio de 2010, quando a investigação havia sido repassada à Coordenação de Crimes Contra a Vida (Corvida). Na primeira delas, Toccheto liga para o rádio de um delegado da 1ª DP para falar com Martha, pois "não pode ligar no da delegada, e do agente Augusto está desligado" (leia quadro abaixo). Ele, então, consegue falar com Martha e relata que ele e Rosa Maria foram intimados a comparecer à Corvida. Conforme a gravação policial, Martha aconselha a vidente e o marido a não virem para Brasília para prestar depoimento.

No segundo momento da conversa, Martha liga para Toccheto e relata a prisão de um amigo de Cláudio (José de Azevedo Brandão), preso com uma corrente e um anel escrito Carol. A delegada pede para que Toccheto veja com Rosa Maria se as joias são de Carolina (Villela, filha de Adriana Villela), "pois, se for, tudo estará resolvido". Cláudio, a quem a delegada se refere, é morador de Vicente Pires, acusado por Martha, ao lado Alex Peterson Soares e Rami Jalau Kaloult, pelo triplo homicídio.

Na época, a policial anunciou ter encontrado a chave que abria a porta do apartamento do casal Villela na casa dos então suspeitos. No entanto, ao assumirem as investigações, os policiais da Corvida descobriram que a mesma chave apreendida no imóvel dos acusados havia sido fotografada pelos peritos no apartamento das vítimas, em 31 de agosto de 2009, quando os corpos foram encontrados.

Confiança
A reportagem tentou falar por diversas vezes com a delegada Martha Vargas na tarde de ontem — também enviou uma mensagem de texto. A policial, no entanto, não retornou às ligações. O Correio apurou que ela foi intimada quatro vezes a prestar esclarecimentos na Justiça, mas não encontrada em nenhum dos endereços informados. Para a colega de corporação Mabel Alves, Martha confiava nos supostos poderes paranormais de Rosa Maria. "Em razão disso, ela fez uma investigação parcial, que contribuiu negativamente para a apuração do crime, mas, felizmente, conseguimos desfazer os nós", defendeu.

Outras transcrições telefônicas comprometem Adriana Villela. Numa delas, um advogado de Toccheto e Rosa Maria pede para que eles não comentem na Corvida que a segunda trabalhou com Fernando Collor de Melo, uma vez que José Guilherme Villela foi advogado do ex-presidente da República. Segundo avaliação do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), Adriana contratou Rosa Maria para desvirtuar as investigações, mas Adriana nega ter conhecido a vidente e tido qualquer contato com ela.

Fraude
No inquérito do caso Villela, o policial civil José Augusto é apontado como suspeito de plantar a prova no lote dos três rapazes. Ele foi indiciado por fraude processual. A pena prevista é de seis meses a quatro anos de prisão, em caso de condenação. Com ele, a ex-empregada Guiomar Barbosa da Cunha também foi denunciada à Justiça por denunciação caluniosa.

STF marca para dia 9 julgamento da Ficha Limpa

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, marcou para a próxima quarta-feira o julgamento que definirá a validade da Lei da Ficha Limpa. A expectativa é que pelo menos seis dos dez ministros da Corte considerem a lei constitucional. Com isso, a norma poderia ser aplicada integralmente nas eleições municipais de 2012. A medida deve enxugar o número de concorrentes nas urnas, já que ficarão proibidas candidaturas de condenados por colegiado (decisão de mais de um juiz) e de quem já renunciou a cargo público para escapar de processo de cassação.
 
 

A falta de definição da validade da lei tem causado incerteza no cenário político, já que muitos partidos aguardam o veredicto do Supremo antes de apostar em determinadas candidaturas.

Peluso cogitou, a princípio, só marcar o julgamento após a nomeação do 11º integrante do STF para evitar o risco de empate. A vaga está aberta desde agosto, com a aposentadoria de Ellen Gracie . O ministro desistiu da espera diante da insegurança causada pela indefinição da lei e também pela falta de previsão da indicação por parte da presidente Dilma Rousseff.
 
Última votação terminou empatada em 5 a 5
 

No ano passado, a votação da ação que questionava a validade da lei para 2010 terminou empatada em 5 a 5. O desempate veio apenas em março deste ano, com a nomeação de Luiz Fux para a vaga deixada por Eros Grau. Na ocasião, os ministros decidiram apenas que a lei não poderia ser aplicada nas eleições de 2010, mas não declararam nada sobre a validade para 2012.

Esta decisão será tomada na próxima quarta-feira, no julgamento de três ações, propostas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pelo PPS e pela Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL).

Seis ministros já deram declarações públicas favoráveis à constitucionalidade da lei: Luiz Fux, Ayres Britto, Joaquim Barbosa, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e José Antonio Toffoli.

No julgamento de março, quatro ministros afirmaram que a lei tinha pontos inconstitucionais e, por isso, não poderia vigorar integralmente. Um dos artigos problemáticos é o que torna possível declarar alguém inelegível por ter renunciado a um mandato antes da edição da lei. Segundo argumentam Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Cezar Peluso, quem renunciou no passado não sabia que o ato geraria tal consequência no futuro.

- A lei é editada para vigorar de forma prospectiva para o futuro, e não para apanhar o passado - afirmou Marco Aurélio, na sessão de março.

Outro problema seria o tempo de inelegibilidade previsto para condenados por improbidade administrativa. Na Lei da Ficha Limpa, a perda dos direitos políticos nesses casos é contada a partir da condenação, ainda que seja possível recorrer da sentença. Na Lei de Improbidade Administrativa, a inelegibilidade só ocorre após o julgamento final, quando não há mais possibilidade de recurso

 

Petista retira de pauta proposta que anistia cassados pelo mensalão

O projeto que concede anistia aos deputados cassados sob acusação de participar do escândalo do mensalão foi retirado da pauta de votações da semana que vem.

O presidente da principal comissão da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), alegou que havia colocado o assunto na lista dos que seriam votados por um "equívoco".

Cunha é réu no STF (Supremo Tribunal Federal) no processo que julga o caso, mas foi absolvido pelos seus colegas no Congresso. José Dirceu, Roberto Jefferson e Pedro Corrêa foram os três cassados. O projeto tem o objetivo de beneficiá-los.

Autor da proposta, o ex-deputado Ernandes Amorim, do mesmo partido de Jefferson, alega na justificativa do texto que os três não poderiam responder em nome de todos os outros supostamente envolvidos no esquema.

"Impedir a participação no processo eleitoral de apenas três, entre os mais de cinquenta e cinco denunciados, não se justifica, especialmente tendo em vista que os parlamentares cassados em plenário permanecem ativos na vida política nacional."

Caso a proposta fosse aprovada, todos poderiam se candidatar. Com a cassação, em 2005, eles perderam seus direitos políticos por oito anos.

DE CARONA

João Paulo Cunha, que comanda a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e é o responsável por determinar o que vai ser votado, explica que o projeto entrou na pauta apenas porque tramita em conjunto com um outro texto, de autoria do deputado Neilton Mulim (PP-RJ), que propõe exatamente o contrário: a impossibilidade de anistia para os cassados.

No início desta legislatura, quando Mulim pediu para que sua proposta continuasse tramitando na Câmara, a que beneficia os deputados cassados também foi desarquivada por tratar de assunto semelhante, mesmo sem Amorim ter sido reeleito.

O deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP), relator dos projetos na comissão, já havia apresentado voto contrário à anistia.

De qualquer forma, Cunha determinou que ambos os textos fossem retirados da pauta da comissão, depois de o jornal "O Estado de S. Paulo" revelar que eles haviam sido incluídos na sessão da próxima semana.

Líderes partidários ouvidos pela Folha disseram que o texto não conta com respaldo político e por isso deve ser "enterrado" na Câmara.