Pedido do vice-presidente eleito foi negado.
O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin pediu ao presidente do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae, José Roberto Tadros, que adiasse as eleições da instituição que acontecem neste mês, tanto as estaduais quanto a nacional, para fevereiro do ano que vem. A justificativa é de que o processo, que elege novos conselheiros para um mandato de quatro anos, poderia ocorrer na nova gestão federal do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. A reportagem apurou, no entanto, que a diretoria do Sebrae não vai atender ao pedido de Alckmin, porque o processo já está em andamento.
Na carta que Alckmin enviou a José Roberto Tadros nesta quinta-feira, 24, cujo assunto é descrito como “solicitação de adiamento de processo eleitoral”, Alckmin elogia a importância do Sebrae no empreendedorismo nacional e afirma que “a retomada do crescimento econômico e a implementação de uma agenda de redução de desigualdades depende, em grande medida, da força do empreendedor brasileiro, foco da permanente atuação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) ao longo de décadas”.
Assim, afirma o vice, “causa grande preocupação a proximidade do pleito quanto à presidência do Conselho Deliberativo Nacional e à Diretoria Executiva da entidade, instâncias de enorme centralidade em sua governança, tendo em vista que o referido processo eleitoral está previsto para ocorrer em brevemente”.
Coordenador geral da transição de governo, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin pediu que processo do Sebrae fosse adiado para fevereiro de 2023, para que ocorresse durante o governo Lula
Alckmin sugere, então, de forma objetiva, que as eleições sejam transferidas para alguma data a partir de fevereiro de 2023, e justiça o pedido, para que o pleito ocorra em “momento de significativa estabilidade política”.
“O Sebrae Nacional é responsável pela definição de diretrizes e prioridades de atuação que implicam o direcionamento estratégico de todo o sistema. Portanto, é essencial garantir que a definição dos dirigentes da entidade ocorra tão somente em momento de significativa estabilidade política e previsibilidade quanto à priorização prevista também nas ações do Poder Público, ambiente que se sabe perfeitamente possível a partir de fevereiro do ano de 2023.”
Alckmin faz ainda uma citação sobre o conturbado processo eleitoral deste ano, na disputa pelo Palácio do Planalto. “O País vivenciou, há poucas semanas, intensos debates e disputas até que fossem finalizadas as eleições para Presidente da República. Os últimos meses deste ano, portanto, configuram momento político crucial, de transição do projeto democraticamente eleito para governar o Brasil.”
Fonte: Estadão Conteúdo