sábado, 26 de fevereiro de 2022

Na ONU, ministro da Saúde defende ‘liberdade’ para escolher tomar vacina

Em discurso, Marcelo Queiroga citou a alta taxa de imunização em solo brasileiro.

Walterson Rosa | Min. da Saúde


O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta sexta-feira (25) a chefes de Estado e autoridades em encontro na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, que, no Brasil, a vacinação é um direito previsto na Constituição e, portanto, uma obrigação do Estado.

De acordo com ele, o cidadão brasileiro tem a liberdade de se vacinar ou não contra a covid-19.

Queiroga declarou que o país tem uma das maiores taxas de inoculação do planeta, e que esse resultado se deve à “cultura de vacinação de nossa população”, baseado no princípio de que “todo brasileiro é livre para decidir” sobre a questão.

Ele lembrou que o governo federal adquiriu mais de 400 milhões de doses de vacinas, e que cerca de 85% da população já recebeu a primeira dose, sendo que a segunda aplicação já foi feita em mais de 70% de seu público-alvo.

Por esse motivo, acrescentou o ministro, “nos últimos 6 meses tivemos reduções significantes do número de mortes, inclusive [de pessoas contaminadas] pelas variantes Delta e Ômicron”, acrescentou ao lembrar que acordos assinados pelo país resultaram na autonomia para a produção de imunizantes no país.

Segundo o ministro, a diversidade de vacinas possibilitará, ao Brasil, obter mais de 700 milhões de doses até final de 2022.

Além disso, o fortalecimento do complexo industrial da saúde foi citado pelo ministro como uma prioridade do governo brasileiro.

“O setor privado vem investindo em novas plantas no Brasil. Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) selecionou o país como hub de desenvolvimento e produção de vacinas de plataforma RNA”, disse Queiroga.