quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Congresso volta nesta quarta com pressão por combustíveis e ‘tempo apertado’ em ano eleitoral

Retorno das atividades é somente protocolar, já que os debates serão retomados apenas depois do Carnaval; parlamentares admitem impactos das eleições no andamento das pautas


Congresso Nacional tem 32 Medidas Provisórias na fila para apreciação, sendo que cinco delas vencem no final do mês


A solenidade de abertura do ano legislativo no Congresso Nacional acontece nesta quarta-feira, 2, e será semipresencial por causa da pandemia. O senador Rodrigo Pacheco é quem abre os trabalhos e tradicionalmente a cerimônia reúne a presença dos presidentes dos três poderes.

No entanto, desde que assumiu a presidência, o presidente Jair Bolsonaro só compareceu à cerimônia em 2021. No geral, a avaliação é que o retorno das atividades é somente protocolar, isso porque, na prática, os debates só retomam depois do Carnaval. A realidade é que a agenda está cheia e com prazos apertados. No entanto, por ser um ano eleitoral, assuntos polêmicos devem ser deixados de lado.

O deputado Paulo Ganime admite que as eleições mudam o andamento das pautas. “É um ano eleitoral, que o calendário é apertado e ao mesmo tempo os parlamentares têm receio de votar pautas polêmicas”, afirmou.

O preço dos combustíveis também está em foco. O deputado federal Alex Manente defendeu, em entrevista à Jovem Pan, que o assunto deveria ser tratado pelo Executivo, mas afirmou que o Legislativo não vai se curvar das responsabilidades.

“Combustíveis é um problema que o país tem sofrido. A Câmara buscou alternativas para conter esses avanços que afetam diretamente a nossa população e fica esse empurra de lá para cá. Seria uma responsabilidade do Executivo, mas a Câmara não fugirá desse tema relevante do país”, disse. Um tema que não está na agenda do Congresso Nacional e que pode movimentar os parlamentares é a reforma trabalhista.

A discussão foi reavivada após Ciro Gomes e Lula defenderem a revogação do texto. O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, que foi o relator da matéria na Câmara, disse que a decisão seria um retrocesso para a economia do país.

 “Imagina o que seria do Brasil se não tivesse havido a modernização de uma legislação de 70 anos, a questão do home office nos tempos de pandemia”, pontuou.

O Congresso Nacional tem 32 Medidas Provisórias na fila e cinco delas vencem no final do mês. Se não forem votadas, as matérias vão perder a validade.


Fonte: Jovem Pan