Eleito nesta segunda (31), o sucessor de Felipe Santa Cruz permanecerá no cargo até janeiro de 2025.
Um novo ano, um novo ciclo. Se depender do amazonense Beto Simonetti, eleito novo presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a sua gestão será marcada por buscas de conciliação com as forças políticas do país.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, ele explicou que o foco de sua gestão será na “redignificação da advocacia”, levando em consideração que os advogados “estão muito longe da Ordem”.
A partir disso, Beto Simonetti destacou que a prioridade é gerar “reaproximação, conexão, reconstrução da confiança perdida por alguns ao longo do tempo”.
Sobre questões de ‘politização’, o advogado disse que “há uma incompreensão por muitos advogados brasileiros por conta dessa distância que nos foi imposta”.
Na visão dele, “não se pode confundir a função primordial da Ordem, que é ajudar a estabilizar o Estado democrático de Direito, com questões muitas vezes confundidas como ideias pessoais”, pontuou.
Ao ser questionado sobre as duras críticas que o seu antecessor, Felipe Santa Cruz, realizava contra o presidente Jair Bolsonaro, Simonetti respondeu:
“O que eu quero implementar nessa gestão é o diálogo permanente com todos os atores políticos do Brasil. Quero dialogar em prol da advocacia. [Vamos] conversar com o chefe do Poder Judiciário, com o chefe do Executivo e com o chefe do Congresso Nacional, mas em busca de construção de benefícios para a advocacia”, completou.