O grupo militar suspendeu a Constituição, dissolveu a Assembleia Nacional e fechou as fronteiras do país
Militares de Burkina Faso anunciaram na segunda-feira 24 que tomaram o poder no país e dissolveram o governo. A informação foi transmitida pela rede de TV estatal. |
O grupo suspendeu a Constituição, dissolveu o governo e a Assembleia Nacional, e fechou as fronteiras do país. Os militares prometeram uma “volta à ordem constitucional em um prazo razoável”.
Na segunda-feira 24, soldados prenderam o presidente do país, Roch Kabore, em um acampamento militar. O país da África Ocidental, com 21 milhões de habitantes, assiste a confrontos contínuos em instalações militares, com soldados exigindo mais apoio na luta contra insurgentes islâmicos.
O anúncio do grupo militar citou a deterioração da situação de segurança e a “incapacidade” de Kabore de unir a nação da África Ocidental e responder a insurgência islâmica.
Os soldados disseram que a tomada de poder foi realizada sem violência e que os detidos estavam em local seguro.
A declaração foi feita em nome de uma entidade inédita, o Movimento Patriótico para Salvaguarda e Restauração, ou MPSR, na sigla em francês. “O MPSR, que inclui todas as seções do exército, decidiu encerrar o cargo do presidente Kabore hoje”, afirmou.
Burkina Faso, um dos países mais pobres da África Ocidental, apesar de ser um produtor de ouro, sofreu vários golpes desde a independência da França em 1960.
Fonte: Revista Oeste