segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Grupo de advogados criminalistas quer Sergio Moro preso



Um dos integrantes do grupo de advogados “Prerrogativas”, o criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, declarou que o ex-magistrado Sergio Moro “utilizou a operação em benefício próprio, tolheu o direito de defesa de investigados e deve responder judicialmente por abusos cometidos contra os réus.”

Kakay se refere à fala do ex-juiz durante uma entrevista, na qual Moro afirmou que grande parte daqueles que criticam a Operação Lava Jato são defensores que trabalham pela impunidade de corruptos.

O advogado aproveitou para ressaltar que Sergio Moro deveria ser preso, mas somente depois de apresentar todos os recursos que eventualmente viesse a apresentar. A fala do criminalista foi uma forma de criticar o posicionamento de Moro sobre a possibilidade de execução da pena após decisão em segunda instância. A tese sustentada por Sergio Moro permitiu que investigados da Lava Jato, como o ex-presidente Lula, José Dirceu e João Vaccari Neto, acabassem sendo presos no âmbito da investigação.

Em declaração, Kakay afirmou que o ex-magistrado se utilizou do seu cargo no Poder Judiciário para um projeto pessoal, que o grupo de advogados quer que ele responda por todas as prerrogativas que ele disse não ter usufruído na condição de juiz. Completou dizendo que Moro “corrompeu o sistema de justiça” e que “ser atacado por ele indica que estamos do lado certo”.

Durante a Operação Lava Jato, o grupo de advogados promoveu diversos debates com ministros do STF, bem como com o procurador-geral da república Augusto Aras. Já Sergio Moro, que é pré-candidato à presidência da República, além de criticar o grupo de advogados, também critica Aras e alguns ministros do STF.