Data
ainda não foi marcada para o julgamento, pois caso ainda está na fase de
recurso. Vítima foi a jovem Gabrielly Miranda, de 18 anos
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REPRODUÇÃO/ARQUIVO PESSOAL |
Ainda
não há data para que Leonardo Pereira dos Santos, 31 anos, vá a júri após ter
matado Gabrielly Miranda (foto em destaque), 18 anos, com um
tiro na cabeça. O homem foi preso em flagrante e mantido em prisão preventiva
depois de ter disparado contra a vítima e ter narrado que estava “bricando”
de roleta-russa na QR 425, Conjunto 22, interior da Casa
15, em Samambaia.
O
motivo, supostamente, seria a não aceitação do término do relacionamento entre
os dois.
Na
decisão, o juiz Fabrício Castagna Lunardi, além de ter pronunciado o réu para
julgamento do tribunal de júri, indeferiu o relaxamento de prisão preventiva de
Leonardo. Como o caso está na fase do julgamento de recursos da decisão, ainda
não foi marcada data para o tribunal de júri.
Roleta-russa
Ao
ligar para o 190, na manhã do dia 14 de janeiro deste ano, Leonardo falou da
morte de Gabrielly e citou o termo “roleta-russa”, a fim de justificar como a namorada foi
atingida. Na versão dada ao delegado, ele não falou sobre o jogo.
No
depoimento, Leonardo apenas afirmou que Gabrielly deu a arma para ele. O
delegado adjunto da 26ª DP, Eduardo Escanhoela, afirmou que o suspeito
teria confessado o crime.
“Segundo
a versão dele, eles saíram para beber. Tomaram duas cervejas e voltaram para a
casa, na QR 425. Por lá, continuaram bebendo”, afirmou o policial.
“Gabrielly
pegou a arma do Leonardo e começou a brincar apontando para a perna (dele).
Depois, ela entregou a arma para o namorado e ele apontou para a cabeça (dela).
E disparou, matando a jovem”, afirmou o delegado.
Ainda
segundo Eduardo Escanhoela, o autor iria se entregar após ter cometido o crime, mas voltou para casa e acionou o 190. “Leonardo
contou ter ficado desesperado e pegou seu carro para se entregar na delegacia.
Entretanto, a gasolina do carro acabou”.
O
detalhe, de acordo com o policial, é que o lugar onde o carro parou fica
distante da delegacia, próximo de uma chácara. “Depois, ele voltou para casa a
pé e chamou o 190”, finalizou. Leonardo foi preso e está na carceragem da DPE.
O
criminoso vai responder por feminicídio duplamente qualificado por motivo torpe contra
a mulher e posse de arma, podendo pegar de 12 a 30 anos de pena.
Relação de medo
Um
homem, que não quis se identificar, afirmou que a jovem tinha medo do parceiro.
Entretanto, afirmava que amava Leonardo e que não queria terminar com ele.
“A
Gabrielly era uma pessoa muito boa. Já morei com ela e sabia que o Leonardo era
muito possessivo com ela. Não deixava ela ter amigos e nem sair direito”,
lembra o amigo.
“Em
muitas oportunidades ela chegava em casa com olho roxo, toda machucada. Ela me
dizia que tinha medo dele, mas, mesmo assim, o amava e não terminaria com o
Leonardo”.
A
jovem explicitou a situação em alguns posts relacionados a violência em suas
redes sociais.