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RENATO ALVES/AGENCIA BRASILIA |
O
governador Ibaneis
Rocha (MDB) tem o controle hoje do sistema de saúde e está
sentindo o pulso do problema dia a dia. À frente do núcleo de crise, acompanha
cada decisão sobre o novo coronavírus. Por isso,
ele estranhou ontem quando o Ministério da Saúde divulgou que havia cinco casos
de transmissão
comunitária no Distrito Federal.
Ibaneis determinou que o então secretário
de Saúde, Osnei Okumoto, parasse o que estava fazendo
e fosse ao Ministério da Saúde. Osnei chegou quando a coletiva de imprensa ainda estava em andamento e
conseguiu mostrar que esses dados estavam equivocados. Na verdade,
naquela altura, havia 14 confirmações e cinco casos aguardando contraprova.
Todos de pacientes que voltaram de viagem
internacional ou tiveram contato com passageiros infectados. No fim do dia, o
número foi convalidado. O DF contava ontem 19 casos confirmados. Mas todos com origem
em outro país. Ficou claro ontem nas reuniões de governo, que Ibaneis
endurecerá ainda mais as medidas quando começarem as transmissões comunitárias,
ou seja, quando não se sabe mais como a pessoa pegou o vírus.
Delmasso
quer fechar o Congresso
O vice-presidente da Câmara Legislativa,
Rodrigo Delmasso (Republicanos), queria que o GDF fechasse o Congresso. Por
conta do coronavírus. Mas foi desaconselhado a tentar a medida por meio da
Secretaria de Saúde do DF. Mas Delmasso não se contentou e recomendou à Inframerica que fechasse o
aeroporto de Brasília Juscelino Kubitschek para voos internacionais.
A Inframerica respondeu que essas medidas cabem à Infraero.
Medo
recíproco
Consumidores estão com medo dos vendedores
e garçons, e os atendentes, dos consumidores. O comércio estava vazio ontem. A
402 Sul, rua de vários restaurantes, até tinha vaga sobrando na hora do almoço.
Coisa inédita para um local onde às vezes não dá para parar nem mesmo de forma
irregular.
Demorou
O Ministério Público do DF enviou ontem
às administrações regionais de Taguatinga, Águas Claras, Arniqueira, Guará,
Riacho Fundo, Riacho Fundo II, Samambaia, Brazlândia, Recanto das Emas, Vicente
Pires, Ceilândia, SCIA e Estrutural e Sol Nascente e Pôr do Sol que revoguem
licenças ou alvarás concedidos para a realização de eventos enquanto durar o
surto de coronavírus no DF. A medida estava prevista nos decretos de Ibaneis.
Fonte:
Correio Braziliense