De acordo com a Polícia Militar, cerca
de 250 pessoas participam do ato que partiu da Rodoviária do Plano Piloto
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Cerca
de 250 manifestantes, segundo estimativas da Polícia Militar, participam nesta
quarta-feira (4/1) de um ato contra o reajuste das tarifas de ônibus e metrô no
Distrito Federal. Eles se concentraram na Rodoviária do Plano Piloto e seguiram
na direção do Palácio do Buriti. Na Torre de TV, no entanto, eles pararam e
decidiram partir rumo à W3 Sul. Na sequência, desceram a comercial da quadra
102, conhecida como Rua das Farmácias e chegaram ao Eixão. Por causa do
protesto, os trânsito na zona central está complicado. Os dois sentidos do
Eixão no início da Asa Sul estão inerditados. As vias W3 e N1 — Eixo
Monumental, sentido Buriti — também chegaram a ser fechadas, mas já foram
liberadas.
Por
volta das 19h, a PM disparou spray de pimenta contra os manifestantes, que
reagiram com paus e pedras. Às 20h, houve um novo tumulto e a PM reagiu com
bombas de gás.
Os presentes
na manifestação carregam cartazes com dizeres como "mão para o alto, 5
conto é um assalto" [sic] e "abaixa a tarifa, amplia o passe
livre". Segundo a PM, 193 homens trabalham na operação. Eles são
auxiliados por helicópteros, motos e viaturas.
Antes
do início da manifestação, a Polícia Militar apreendeu, na Rodoviária, uma
máscara de gás, um escudo e algumas garrafas que, segundo a corporação, não
serão permitidas no protesto.
Além
do ato desta quarta-feira, outros protestos devem acontecer nesta semana. O
próximo está marcado para esta quinta-feira (5/1),
às 17h, na Praça do Relógio,
em Taguatinga. Na sexta-feira (6/1), será a vez de Ceilândia e
Planaltina.
Aumento
A
revisão tarifária estabelece um aumento de R$ 2,25 para R$ 2,50, no caso de
linhas circulares internas; de R$ 3 para R$ 3,50, nas passagens de coletivos de
ligação curta; e de R$ 4 para R$ 5, nas viagens de longa distância e no metrô.
Esse é o segundo reajuste referente à malha metroviária durante a gestão de
Rodrigo Rollemberg (PSB). Em comparação ao início de 2015, quando o chefe do
Executivo local assumiu a gestão do DF, o valor da tarifa mais cara subiu 66%.
A
Câmara Legislativa já se mostrou contrária ao reajuste. Os deputados distritais
já participaram, inclusive, de duas reuniões em menos de 24 horas com o
governador, Rodrigo Rollemberg. Ambas terminaram sem acordo. O colegiado de
parlamentares votará, na quinta-feira da próxima semana, o projeto de decreto
legislativo que pode revogar a revisão tarifária estabelecida pelo Executivo
local.
fonte: Correio Braziliense