O Cadastro vai reunir informações
relativas a condenados pelo crime de homicídio cometido contra policias no
exercício da função ou em razão dela
A
Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara aprovou
proposta (PL 4535/16) que institui o Cadastro Nacional de Homicidas de
Policiais.
Pela
proposta, caberá ao Poder Executivo a manutenção do Cadastro que vai reunir
informações relativas a condenados pelo crime de homicídio cometido contra
policias no exercício da função ou em razão dela.
O
relator da proposta na comissão, deputado Cabo Sabino, do PR do Ceará, explicou
que o número de agentes de segurança mortos no Brasil é alto e por isso o
cadastro é importante para que o criminoso possa ser reconhecido em qualquer
lugar do país.
"A
cada 16 horas um policial é assassinado no Brasil. Só no estado do Ceará nós
temos, nos seis primeiros meses, 20 profissionais que foram
assassinados. O Rio
de Janeiro é o estado que tem o maior número de policiais assassinados. Esse
ano, por exemplo, nós já ultrapassamos um total de 236 profissionais de
segurança pública assassinados no Brasil.”
O
presidente da Associação Nacional dos Policiais Federais, Luís Antônio Boudens,
destacou que o cadastro nacional é importante desde que todas as polícias
tenham acesso aos dados. Mas, ele ressalta que é preciso combater o homicídio
de uma maneira geral, porque muitos policiais são mortos quando estão sem
uniforme.
"Essa
medida tem que integrar outras em relação à segurança pública para que nós
façamos um efetivo combate a esse tipo de crime que é o homicídio, que é o mais
grave e são quase 60 mil homicídios por ano que nós temos que combater. De
policiais no último ano que nós medimos, 600 policiais. Então é um número
altíssimo, mostra que o crime organizado tem apontado para o policial, para o
operador de segurança pública como a forma de intimidar o Estado, de intimidar
a sociedade brasileira."
A
proposta que cria o Cadastro Nacional de Homicidas de Policiais ainda vai ser
analisada pela Comissão de Constituição e Justiça.
Reportagem
- Karla Alessandra
FONTE:
RADIO AGÊNCIA