sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Plenário aprova inclusão de 13 municípios na Região de Desenvolvimento do DF

Decisão de Roberto Barroso vale para as próximas votações, ou seja, não anula as votações sobre o tema feitas pela Câmara na semana passada
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Roberto Barroso decidiu nesta quinta-feira (13) que as próximas votações de projetos de decreto legislativo que tratem de contas presidenciais devem ser realizadas pelo Plenário do Congresso Nacional (sessão conjunta de deputados e senadores), em sessão presidida pelo presidente do Senado.
Barroso é o relator do mandado de segurança ajuizado na semana passada pela presidente daComissão Mista de Orçamento, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES). Na ação, a senadora pede que as prestações de contas de ex-presidentes e da presidente Dilma Rousseff sejam votadas no Plenário do Congresso Nacional, e não separadamente na Câmara e no Senado, como vinha acontecendo até então.
Na decisão divulgada na noite desta quinta-feira, Barroso negou o pedido de liminar da senadora contra as votações que foram realizadas na semana passada.
Argumentos
O ministro concordou com a senadora e afirmou, entre outros pontos, que deve haver "simetria entre a forma de deliberação das leis orçamentárias e a de verificação do respectivo cumprimento". As propostas orçamentárias
são votadas na Comissão de Orçamento e no Plenário do Congresso Nacional. Do mesmo modo, segundo ele, a prestação de contas deve seguir o mesmo trâmite.
Ele afirmou que a resolução que orienta os trabalhos da comissão já prevê a votação das contas em sessão conjunta de deputados e senadores. Barroso argumentou que a Constituição é clara quando estabelece votações separadas nas duas Casas, e isso não acontece com as contas dos presidentes da República.
Regimento
As votações das contas vinham sendo orientadas pelo Regimento Comum do Congresso Nacional, que prevê análises separadas para propostas O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira proposta que inclui 13 novos municípios na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal (RIDE). A proposta foi aprovada com 399 votos, unanimidade entre os votantes da sessão, e agora segue para análise do Senado Federal.
O projeto inclui na região os municípios goianos de Alto Paraíso; Alvorada do Norte; Barro Alto; Cavalcante; Flores de Goiás; Goianésia; Niquelândia; São Gabriel; São João d’Aliança; Simolândia; Vila Propício; e as cidades mineiras de Arinos e Cabeceira Grande. Outros 22 municípios compõem atualmente a Região de Desenvolvimento, prevista na Lei Complementar 94/98.
O texto aprovado é uma subemenda ao Projeto de Lei Complementar 25/15, do deputado Rogério Rosso (PSD-DF). Na última versão, foi incluído o município de Goianésia, por iniciativa do deputado Daniel Vilela (PMDB-GO). Os deputados preferiram o texto de Rosso ao projeto original (PLP 311/13), do Senado, que incluía menos cidades na Região de Desenvolvimento.
Recursos federais
Autor da proposta, Rogério Rosso argumenta que ampliar a região vai privilegiar municípios dependentes do Distrito Federal com recursos e convênios em áreas como infraestrutura, transporte, educação e saúde. “A RIDE hoje é uma entidade jurídica e, como tal, pode receber recursos federais. A partir disso, esses municípios também serão contemplados, além de convênios técnicos de formação profissional e diversas atividades comuns”, explicou.
Para o relator, deputado João Campos (PSDB-GO), o próximo passo é lutar para que mais recursos sejam destinados à RIDE, a fim de contemplar os novos municípios incluídos. “Vamos fazer um trabalho para aumentar os recursos da União para a RIDE e corrigir a desigualdade nessa região”, disse.
Ele lembrou que, há muitos anos, o governo do Distrito Federal incentivou a migração para a região, e muitas pessoas, não contempladas por programas de habitação, se instalaram em municípios vizinhos. “Isso gerou uma sobrecarga para Minas Gerais e para o Goiás, sem contrapartidas”, disse. A RIDE, segundo ele, veio para minimizar esse impacto.
Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Newton Araújo

Fonte: Agência Câmara Notícias