O nome
do caso, “Lava Jato”, decorre do uso de uma rede de postos de combustíveis e
lava a jato de automóveis para movimentar recursos ilícitos pertencentes a uma
das organizações criminosas inicialmente investigadas. Embora a investigação
tenha avançado para outras organizações criminosas, o nome inicial se
consagrou.
A
operação Lava Jato é a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro
que o Brasil já teve. Estima-se que o volume de recursos desviados dos cofres
da Petrobras, maior estatal do país, esteja na casa de bilhões de reais.
Soma-se a isso a expressão econômica e política dos suspeitos de participar do
esquema de corrupção que envolve a companhia.
A
princípio foram investigadas e processadas quatro organizações criminosas
lideradas por doleiros, que são operadores do mercado paralelo ou
negro de
câmbio. Por lavar dinheiro de modo profissional, doleiros fizeram parte dos
maiores esquemas criminosos já descobertos na história recente do Brasil.
Na
segunda etapa do caso, que engloba as investigações desenvolvidas ao longo dos
últimos meses, o Ministério Público Federal recolheu provas de um imenso
esquema criminoso de corrupção envolvendo a Petrobras. Nesse esquema, que dura
pelo menos dez anos, grandes empreiteiras (como Engevix, Mendes Júnior, OAS,
Camargo Corrêa, UTC e Galvão Engenharia) pagavam propina para altos executivos
da estatal e para outros agentes públicos. O valor da propina variava de 1% a
5% do montante total de contratos bilionários. Esse suborno era distribuído aos
beneficiários por meio de operadores financeiros do esquema, incluindo doleiros
investigados na primeira etapa. A propina era paga para superfaturar contratos
e obter outros benefícios.
Um
dos principais modos de operação do esquema investigado nessa segunda etapa era
o superfaturamento de contratos por um cartel de empreiteiras que cooptou
funcionários do alto escalão da Petrobras, pagando-os por meio dos operadores
financeiros.
Fonte: Site do
MPF