domingo, 22 de fevereiro de 2015

Aécio responde Dilma e cobra fala sobre propinas da Petrobras ao PT

Presidente diz que corrupção deveria ter sido investigada já no governo FHC; Aécio rebate. "PSDB não tem qualquer receio de que se investigue o que quer que seja", diz

Senador pediu que Dilma Roussef comente as afirmações de Barusco, de que o PT recebeu US$ 200 milhões para campanhas eleitorais


O senador Aécio Neves (PSDB-MG) respondeu a presidente Dilma Rousseff em relação ao esquema de corrupção investigado pela Polícia Federal na operação Lava-Jato. Pela manhã, Dilma disse no Palácio do Planalto que o esquema criminoso que funcionava na Petrobras deveria ter sido investigado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Aécio, por sua vez, criticou as declarações de Dilma em entrevista coletiva no Senado.
Presidente nacional do PSDB, Aécio atacou as declarações de Dilma, de que a corrupção na estatal deveria ser investigada desde o governo Fernando Henrique Cardoso. “Se a presidente dá crédito às declarações do senhor Pedro Barusco, e nós damos crédito a todas as declarações dele, então é preciso que
ela venha a público dizer o que acha do centro do seu depoimento, onde ele afirma que US$ 200 milhões foram transferidos para o PT durante esses últimos doze anos, boa parte disso entregue ao tesoureiro do seu partido”, rebateu Aécio. Ele disse ainda que “O PSDB não tem qualquer receio de que se investigue o que quer que seja”.

Mais cedo, Dilma associou o início da corrupção na estatal ao governo FHC. "Se em 1996 e 1997 tivessem investigado e tivesse naquele momento sido punido, nós não teríamos o caso desse funcionário da Petrobras que ficou durante mais de 20 anos praticando atos de corrupção", afirmou Dilma após uma cerimônia diplomática no Palácio. Dilma referiu-se aos depoimentos do executivo Augusto Mendonça, da empresa Toyo Setal, e de Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras. À Justiça Federal do Paraná, ambos disseram que o cartel de empreiteiras que fraudava licitações na Petrobras começou a operar em meados dos anos 1990, durante o governo FHC.



Fonte: Correio Braziliense