quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Nº de creches conveniadas em greve aumenta para 23 no DF

Instituições alegam falta de pagamento do GDF; é o 2º dia de paralisação. Secretaria diz que situação será normalizada até o fim desta semana.

O número de creches conveniadas com o governo do Distrito Federal que suspenderam os serviços por falta de pagamento aumentou de 15 para 23 nesta terça-feira (2), informou o Conselho das Entidades de Promoção e Assistência Social do DF. As instituições, geridas por sete ONGs, fecharam as portas nesta segunda. Cada creche tem capacidade para 112 crianças, em média.
A Secretaria de Educação informou que aguarda o repasse da Secretaria de Fazenda para pagar as instituições que atendem aos Centros de Educação da Primeira Infância (CEPI's) e as creches conveniadas. A pasta afirmou que a situação será
normalizada ainda nesta semana.
O presidente do conselho, Ciro Heleno Silvano, disse, no entanto, que não foi procurado pela secretaria para negociar e que a previsão é que mais instituições deixem de atender nesta quarta-feira.  Ele afirmou que as instituições só vão reabrir depois que o pagamento integral for feito.
Entre as instituições paralisadas, quatro são geridas pela Casa do Caminho, quatro pela Cruz de Malta, quatro pela Hotelzinho, duas pela Afma, e outras cinco pela Renascer, Pró-cidadão, Amor em Ação, Tia Angelina e Coração de Cristo.
"As creches têm arcado com os custos com recursos próprios. São três, quatro meses sem receber, de maneira que o primeiro mês se paga com sacríficio, assim como o segundo, mas depois chega a um ponto em que não tem mais dinheiro", afirma. "E agora tem o 13º salário, cuja primeira parcela já venceu. É um salário a mais, e a despesa continua."
Silvano afirma que não é a primeira vez que os atrasos ocorrem, mas a situação se agravou porque o GDF conveniou 28 creches a mais nos últimos anos. "Como essas entidades são desconhecidas pela comunidade, a situação está mais grave do que ficava antes, porque não recebem doações", afirma.
De acordo com Silvano, quatro instituições da Casa Santo André, que prestam atendimento a moradores de rua, também suspenderam o serviço. Ele disse, no entanto, que o conselho vai se reunir no fim da tarde desta terça com a Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest).



Fonte: G1