Muitas vezes
fora dos das pesquisas eleitorais, habitantes da região vizinha ao Distrito
Federal e com título na capital têm número para escolherem deputados distritais
e até decidirem um candidato para o segundo turno
“Não é possível fazer campanha no DF sem pensar no
contexto do Entorno. Os candidatos têm de circular por lá, não tem jeito.” A
frase é de um candidato à reeleição na Câmara Legislativa e mostra a importância
da região para as eleições da capital. Estimativas das coordenações de
campanhas dos concorrentes ao Palácio do Buriti e do próprio Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) apontam que pelo menos 180 mil dos quase 1,9 milhão de
eleitores em Brasília são moradores de cidades goianas e mineiras. Número capaz
de eleger, por exemplo, três deputados distritais. E também definir a corrida
para governador no pleito de outubro. A última pesquisa, por exemplo, aponta
Rodrigo Rollemberg (PSB) na frente, mas com Agnelo Queiroz (PT) e Jofran Frejat
(PR) bem
perto. Como nem sempre esses levantamentos observam a opinião dos
votantes de lá, pode haver uma surpresa de última hora.O Correio circulou, na semana passada, pelas cidades que têm mais proximidade com a capital federal: Luziânia, Cidade Ocidental, Valparaíso, Novo Gama, Santo Antônio do Descoberto e Águas Lindas. Em todas há referências a candidatos dos dois lados da divisa. Os exemplos estão nas placas e cavaletes espalhados pelos logradouros, nos carros adesivados e nas bandeiras em veículos, estabelecimentos comerciais e residências. “A campanha aqui sempre foi assim, vem gente de lá (Brasília) pedindo votos aqui. Faz sentido, porque tem muita gente que trabalha lá no DF e mora aqui. Acho até justo votar lá mesmo”, comenta o comerciante José Pedro dos Santos Silva, de 35 anos, morador de Valparaíso.
Fonte:
correio brasiliense