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Foto: Oswaldo Reis |
A
quadra de esportes do colégio CEF Dra. Zilda Arns, no Itapoã, virou palco de
uma noite de muita emoção na colação de grau e baile de formatura de 320 alunos
da rede pública. A festa foi organizada pela Subsecretaria de Mobilização
Social e Promoção do Distrito Federal, por meio do projeto Formatura Legal, da
Secretaria de Justiça.
Apesar do atraso de 40 minutos, que deixou alguns convidados ansiosos, as cadeiras espalhadas pela quadra foram ocupadas por familiares e amigos orgulhosos. Cada aluno teve direito a convidar quatro pessoas para a cerimônia. Luis Henrique, 14 anos, chamou os pais e a irmã. “Está um pouco atrasado, mas está bom, tudo muito bonito. Se não
fosse por esse
presente, iríamos fazer uma festinha simples em casa só para ele”, confessa o pai,
Luis Carlos.Apesar do atraso de 40 minutos, que deixou alguns convidados ansiosos, as cadeiras espalhadas pela quadra foram ocupadas por familiares e amigos orgulhosos. Cada aluno teve direito a convidar quatro pessoas para a cerimônia. Luis Henrique, 14 anos, chamou os pais e a irmã. “Está um pouco atrasado, mas está bom, tudo muito bonito. Se não
Encantada com a festa e emocionada pelo irmão, Laurícia Rodrigues,
13 anos, espera ter uma comemoração igualmente bela. “Estou passando para a
oitava série agora. Vai ser emocionante estar no lugar dele ano que vem”,
confessa a irmã de Luis Henrique.
Passagem
A cerimônia marcou não só uma passagem importante na vida
acadêmica dos alunos, que agora estão a caminho do Ensino Médio, mas também uma
despedida. O colégio Dra. Zilda Arns só vai até o Ensino Fundamental. Lucas
Matias, de 14 anos, formando da turma 807, irá estudar em um colégio no Paranoá
e está ansioso: “Foi difícil chegar até aqui, mas consegui com a ajuda dos meus
professores. Vou sentir muita falta deles, principalmente do de matemática,
minha matéria favorita”.
No início da cerimônia, duas alunas, Elizabeth Christina Gomes e
Maria Gabriele, fizeram discursos de agradecimento em nome de todos os alunos
ali presentes. Emocionada, Maria Gabriele desabou em lágrimas ao assumir a
saudade que irá sentir dos amigos, das salas de aulas, dos professores e do
recreio: “Nós teríamos uma vida desinteressante e desperdiçada, se não fosse
pela escola e as dificuldades que cada um de nós tivemos que passar. Nós somos
jovens e temos o mundo nas nossas mãos, podemos mudá-lo”.
Prontos para enfrentar o futuro
Sentado à mesa, ao lado dos professores, estava o administrador de
Itapoã, Paulo Gonzaga dos Santos. Para ele, a escolha da região administrativa
para o projeto Formatura Legal, foi mais que bem-vinda. “A nossa cidade é
discriminada, muitas vezes pela forma que nasceu (referindo-se à invasão da
área). Não temos uma identidade definida ainda para o resto do DF“, lamenta o
administrador.
Depois de agradecer aos professores e lembrar que para que existam
todas as outras profissões é necessário que todas as crianças passem por uma
sala de aula, Gonzaga orgulhosamente apresentou os alunos como os futuros
médicos, engenheiros e advogados de Brasília.
Orgulho
“De dentro dessas salas de aulas tivemos alunos para nos
orgulharmos neste ano. Tivemos um aluno que foi representar o Centro-Oeste a
nível nacional em uma olimpíada acadêmica. Os jovens de Itapoã são capazes para
serem o que quiserem no futuro”, valorizou Gonzaga.
Fonte:
Jornal de Brasília.