Por Leiliane Rebouças, do blog Pertubando o Status
Quo
Foi divulgado nesta sexta-feira, 13 de Dezembro, que
o governo de Agnelo Queiroz tem a segunda pior avaliação entre todas as
unidades da federação, de acordo com levantamento do Ibope encomendado pela Confederação
Nacional da Indústria (CNI) . O governo do petista é considerado
"bom" ou "ótimo" por apenas 9% da população, à frente
apenas do governo do Rio Grande do Norte, que teve 7% de aprovação.
De acordo com o levantamento da CNI, saúde e segurança pública são as áreas pior avaliadas pelos eleitores do DF. Para 71%, a saúde é a área do governo com o pior desempenho, seguida da segurança, com 57%. É a primeira vez que
a pesquisa Ibope encomendada pela CNI avalia todos os governadores. De acordo com o levantamento da CNI, saúde e segurança pública são as áreas pior avaliadas pelos eleitores do DF. Para 71%, a saúde é a área do governo com o pior desempenho, seguida da segurança, com 57%. É a primeira vez que
Não é a primeira vez que um governo distrital petista é avaliado pela população como um dos piores do Brasil. Em 1996 e 1997, o governo do ex-governador Cristovam Buarque, então do PT, foi avaliado negativamente pela população segundo o Instituto Datafolha com índices de 26% e 23% respectivamente.
Entretanto, no primeiro ano do Governo Cristovam a avaliação foi feita após apenas três meses de governo. E o pior índice do governo Cristovam (1997) lhe renderiam hoje a atual colocação do Governo do Mato Grosso do Sul ( 20ª Colocação ou 6º. pior entre os 26 estados). Situação muito melhor do que o governo de Agnelo Queiroz.
Cabe ressaltar que a situação do Cristovam Buarque era bem diferente do atual governo petista. O Presidente da República era Fernando Henrique Cardoso, oposição ao PT; além disso, o orçamento do governador Cristovam era infinitamente menor, e ele enfrentou ainda dura oposição dentro da Câmara Legislativa dos partidos aliados do ex-governador Roriz, tendo como principal líder da oposição o implacável ex-distrital e empresário, Luiz Estevão.
Deixo no ar os seguintes questionamentos:
1) O que explica uma avaliação tão negativa e aprovação tão pífia de um governador que tem um orçamento bilionário, pertence ao mesmo partido que a Presidente da República e tem na sua base aliada 21 dos 24 deputados distritais?
2) Por que no final do terceiro ano, após gastar anualmente em média 200
milhões de reais em propaganda e publicidade, o governo Agnelo Queiroz continua
como um dos piores do Brasil ?
3) E
que razão tão forte teria 21 parlamentares em apoiar um governo tão mal
avaliado pela população na qual eles representam?
4) Dado
este fato, alianças tão amplas ( que foram questionadas pela incompatibilidade
"ideológica") justificadas por uma tal "governabilidade"
garantem um bom governo?