. |
Começou
a desmoronar a estrutura de sustentação partidária do Governador Agnelo
Queiroz. O rearranjo no comando dos diretórios regionais dos partidos políticos
no DF indica o esfacelamento prematuro da base governista. O fidelíssimo PR –
Partido da República, com sua nova composição diretiva, deu a largada nesse
processo que de certa forma vem sendo esperado, mesmo com toda a chiadeira do
até então comandante, o Deputado Federal Ronaldo Fonseca. Outra sigla que
deixará a coalisão Agnelista é o PTN. A nova executiva regional do partido teve
seu registro protolocado no T.R.E/DF, ontem, 29, e terá como presidente Adelson
Cardoso. No meio político local já é esperada a debandada da base de um número
expressivo de partidos. Acontecimentos públicos recentes dão indicação do
possível afastamento do PTB do Senador Gim Argello.
A tentativa do governo em tentar refrear o escape de partidos
aliados não tem atingido o êxito planejado. A grita é geral entre os dirigentes
partidários de todas as siglas, que observam atentamente o tratamento que a
gigantesca parcela petista do executivo tem
dispensado ao principal aliado, o
PMDB. O raciocínio é lógico: “Se o PMDB está sofrendo na pele, o que diremos
nós”, constata um dirigente de partido que cogita saltar do barco governista.
Paralelamente a todo esse movimento de evasão que se configura, o
governador Agnelo deve estar amargando a frustração de não ter conseguido
sensibilizar as principais lideranças do PDT com a nomeação de Marcelo Aguiar
para a secretaria de Educação. Tanto o senador Cristovam Buarque, quanto o
deputado Reguffe já se pronunciaram por diversas ocasiões que o PDT deles não
volta para a base do governo. Parece que as esperanças de Agnelo em contar com
os campeões de voto e popularidade do PDT, foram por água abaixo. O deputado
Reguffe enfatiza “Se o Marcelo quiser mesmo ser secretário de Agnelo, terá que
se licenciar do partido”.
As previsões “climáticas” indicam que uma forte seca atingirá o
território governista até o próximo dia 03 de outubro, prazo final para a
definição da composição dos partidos com vistas às eleições de 2014.
Por João Zisman
Fonte: Guardian Noticias