sábado, 31 de agosto de 2013

Fuga de senador não afetará relações com Bolívia, diz chanceler brasileiro

Presidente Dilma Rousseff e o presidente boliviano, Evo Morales, concordaram em se reunir em paralelo à cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) para tratar do caso do senador boliviano Roger Pinto.


Paramaribo - O novo chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, garantiu nesta sexta-feira (30/8) no Suriname que as relações do Brasil com a Bolívia não serão afetadas pela fuga do senador boliviano.

"O episódio do senador não vai alterar as relações do Brasil com a Bolívia", declarou o novo ministro, em entrevista coletiva. Figueiredo substituiu Antonio Patriota, que apresentou sua renúncia ao cargo depois do conturbado episódio.

A presidente Dilma Rousseff e o presidente boliviano, Evo Morales, concordaram em se reunir em paralelo à cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) para
tratar do caso do senador boliviano Roger Pinto. O político fugiu da embaixada brasileira em La Paz, onde estava, mesmo sem ter obtido um salvo-conduto do governo para deixar o país.


"A presidente Dilma manifestou ao presidente Morales seu repúdio ao episódio da fuga do senador Pinto da Bolívia", acrescentou o chanceler, até há poucos dias embaixador do Brasil na ONU.

O ministro confirmou que a Bolívia não pediu "a extradição do senador" Pinto, que permaneceu 15 meses na embaixada de Brasília em La Paz e fugiu para o Brasil por terra, na sexta passada, em um veículo diplomático e protegido por funcionários da embaixada.




"É uma hipótese que, se acontecer, será julgada pelo STF (Supremo Tribunal Federal)", acrescentou o chanceler. Antes da cúpula, Evo Morales garantiu que seu governo está "aberto ao diálogo" e considerou Pinto como "um criminoso que tem de ser julgado pela Justiça".

Pinto foi condenado na Bolívia por desvio de recursos públicos, após acusar funcionários do governo de Morales de envolvimento com corrupção e narcotráfico.


Fonte: Correio Braziliense