quarta-feira, 10 de julho de 2013

Polícia investiga morte de servidor do Senado

Luciano Corrêa Castro, 29 anos, era funcionário da Gráfica do Senado Federal

Um acidente automobilístico, supostamente misterioso, que causou a morte de Luciano Corrêa Castro, 29 anos, funcionário da Gráfica do Senado Federal, está sendo investigado pela polícia. Segundo a família do rapaz, o veículo atropelador, um Corsa prata, era conduzido por Indrid Thais Silva, companheira de Luciano e ex-assessora do gabinete do senador Gim Argello. Ela foi transferida para a 4ª Secretaria no dia seguinte à morte e exonerada nesta terça-feira (9).

O acidente ocorreu na madrugada de quinta-feira (4), na Vila Planalto. O delegado-chefe da 5ª Delegacia de Polícia, Marco Antônio, instaurou inquérito para
investigar as circunstâncias do atropelamento. Ingrid teria prestado depoimento. Ela contou que o companheiro morreu de forma acidental após um desentendimento do casal. O casal saiu de casa para jantar, mas não chegou ao restaurante. ...

Luciano teria descido do carro. Quando a companheira arrancou, ele se jogou no capô para impedir que ela fosse embora. O servidor permaneceu seguro por alguns instantes com o carro em movimento, mas caiu em uma curva. A família diz que Ingrid socorreu o companheiro ao Hospital Universitário de Brasília (HUB), mas o rapaz não chegou a ser atendido e voltou para casa. No dia seguinte, a assessora foi trabalhar e o deixou sozinho. Só quando voltou, Luciano foi levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital de Base, mas não resistiu ao trauma.

O corpo foi levado para autópsia no Instituto Médico Legal (IML). Na tarde desta terça-feira (9) ocorreu o sepultamento no Cemitério de Sobradinho. Cerca de 200 pessoas entre parentes e amigos foram prestar homenagem a Luciano.

Tanto os familiares quanto os amigos do rapaz não acreditam na versão de Ingrid. Afirmam que o casal namorou por cerca de três anos. O relacionamento sempre foi conturbado. Mesmo assim, decidiram conviver juntos. “A polícia tem de investigar e descobrir o que realmente ocorreu”, disse Leandro Castro, irmão de Luciano. Ele acrescenta que a família colocou um advogado para acompanhar o caso.

A princípio, a ocorrência foi registrada como lesão corporal culposa. O carro de Ingrid foi encaminhado para a perícia no Instituto de Criminalística. O delegado vai aguardar os laudos para saber a causa da morte de Luciano. A ex-assessora foi procurada pela reportagem para dá sua versão, mas não atendeu aos telefonemas. Se ficar comprovado que houve intenção ela poderá ser indiciada por homicídio doloso.

Por Luis Augusto Gomes
Fonte: Rota de Segurança - 10/07/2013