domingo, 19 de maio de 2013

Operadora Vivo é condenada por espionagem


A justiça do Distrito Federal condenou a operadora Vivo a indenizar um cliente em R$ 15 mil por danos morais ao monitorá-lo. Segundo decisão da 5ª Vara Cível de Brasília, a empresa obteve vantagem pecuniária por divulgar teor das conversas, dados de pessoas, como números originados, duração de chamadas e localização do cliente.

A sentença foi divulgada nesta quinta-feira, 16. O cliente afirmou que em 2009 ficou sabendo pela imprensa que havia sido vítima de uma quadrilha chefiada por
detetives particulares e policiais civis paulistas. O esquema foi descoberto após deflagração da "Operação SPY 2".

De acordo com as declarações do autor da ação, seu “sigilo bancário, fiscal e telefônico foram devassados, com a participação do gerente da empresa, tendo sido objeto de investigação ilegal e motivo de rastreamento de todos os seus passos, ofendendo a sua intimidade”. O rastreamento era feito por uma terceirizada da Vivo.

Em sua defesa, a operadora disse que os atos foram praticados por um ex-funcionário da empresa fora de seu período de trabalho. Afirma ainda que a denúncia criminal não contém menção expressa à violação do sigilo telefônico, ressaltando não haver demonstração de que o funcionário realmente tenha utilizado o sistema para monitorar o autor.

Versão contestada pelo Juiz de Direito Substituto da 5ª Vara Cível de Brasília. “De fato, da leitura da farta documentação cotejada nos autos, constata-se realmente que houve a injusta utilização do sistema da operadora de telefonia para se ter acesso a real localização do autor”.  O magistrado afirmou também que “todas as investigações apontaram de maneira clara um esquema montado para monitoramento dos clientes”.


Fonte: Guardian Noticias