Valor é referente ao
investimento no Projovem entre 2005 e 2008. Roriz e Abadia dizem que não foram
comunicados; Arruda não deu retorno.
O Ministério do Público
Federal pediu à Justiça que três ex-governadores do Distrito Federal devolvam os R$ 20 milhões investidos
pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação no Programa Nacional de
Inclusão de Jovens (Projovem), entre 2005 e 2008. Segundo o órgão, “a eficácia
da política pública implementada revelou-se inexpressiva”, porque apenas 8% da
meta foi atingida.
A
ex-governadora Maria da Abadia disse que ainda não foi informada a respeito e
que só vai se pronunciar quando tiver conhecimento da ação. A defesa de Joaquim Roriz disse que ele também não
foi comunicado da ação, mas que a responsabilidade sobre o
convênio não é do
governador e sim da unidade orçamentária. O advogado de José Roberto Arruda não
deu retorno até a publicação da reportagem.
O convênio foi firmado em
novembro de 2005 e previa a capacitação de 21 mil jovens entre 18 e 24 anos. Em
2007, a
meta foi reduzida para 10 mil alunos, mas ainda assim apenas 8.598 jovens se
matricularam, 3.730 compareceram para o início das atividades e 1.696 se
formaram. Além disso, apontou o MPF, outras irregularidades foram encontradas,
como a completa terceirização do serviço, ausência de infraestrutura adequada e
pagamentos duplicados.
Para o órgão,
a situação contribuiu para o alto índice de evasão do programa. “Os alunos
participaram das aulas sem acesso a material de suporte e às estações da
juventude, o que acarretou, fatalmente, a perda de interesse nos estudantes”,
diz a peça. O MPF também afirma que as autoridades foram alertadas sobre os
problemas, mas não tomaram as providências necessárias.
Outras acusações
O ex-governador Arruda é acusado ainda de improbidade administrativa – a mesma acusação já prescreveu em relação a Roriz e Maria da Abadia. O MPF diz que ele deu continuidade ao programa, mesmo sabendo da ineficiência, e não fez alterações para corrigir as falhas.
Fonte: G1