A viagem da presidente
Dilma Rousseff ao Piauí, na última sexta-feira, confirmou ao país o que muitos
desconfiavam e o Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor,
adiantou na quarta-feira da semana passada: o governo já está empenhado - e nem
faz questão de disfarçar - na campanha de reeleição da presidente da República.
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Não
só o governo, que cola a agenda da governante com a da candidata, como também o
PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um mestre na arte de criar e
eleger candidatos, como comprovaram eleições recentes.
Dilma
só não contava com o "apagão" de 30 minutos que antecedeu
sua chegada
a Teresina. Não chegou a estragar a festa, mas serviu para advertir o governo
do muito que precisa ser feito, efetivamente, antes de 2014.
Dilma
chega a 2013, véspera do ano sucessório, sem ter uma grande obra a apresentar.
E as obras da "herança bendita" que recebeu do governo Lula, na área
de infraestrutura, ainda estão à espera do esforço governamental para serem
concluídas.
Obras
que contribuíram para a reeleição do próprio Lula, em 2006, e a eleição de
Dilma, em 2010, como a transposição do rio São Francisco.
Trata-se
de uma obra-símbolo da falta de pejo de governantes petistas para transformar
projetos de grande anseio popular em produtos de marketing eleitoral.
O
fim da seca do Nordeste está no imaginário de qualquer nordestino, como também
de todos os brasileiros.
As
evidências mostram que as férias devolveram uma Dilma Rousseff diferente no
modo de governar. Mais solta, buscando a iniciativa em ações de grande
visibilidade, como os encontros que manteve nas duas últimas semanas com os
maiores empresários do país.
Fonte:
Valor Econômico / Blog do Noblat - 23/01/2013