Acusado de ser um dos operadores do esquema do
bicheiro, José Olímpio Queiroga Neto aciona corretores para vender propriedades
no DF e no Entorno que, segundo a polícia, foram compradas com dinheiro do
crime. Seu objetivo seria fugir para os Estados Unidos
O patrimônio da quadrilha do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o
Carlinhos Cachoeira, está sendo vendido às pressas e pela metade do preço nas
regiões administrativas do Distrito Federal e cidades do Entorno. Temendo uma
possível ação da Justiça, o grupo criminoso articulou uma rede de vários
corretores para “fazer dinheiro” o mais rápido possível e se livrar dos bens
adquiridos a partir de atividades ilícitas. Durante a semana, o Correio
visitou, acompanhado de alguns corretores, terrenos da
organização criminosa em
Santa Maria e em Valparaíso (GO). A constatação é de que a operação do grupo
para “queimar” todas as propriedades compradas com dinheiro sujo está a pleno
vapor. “Tá mais barato (os imóveis) porque o cara tá precisando de dinheiro.
Acabaram com a fonte de lucro dele”, resume um dos vendedores.
Os terrenos, de tamanhos variados, estão sendo
comercializados por José Olímpio Queiroga Neto, um dos presos pela Operação
Monte Carlo e apontado pela investigação da Polícia Federal e do Ministério
Público Federal como um dos principais braços de Cachoeira no DF e responsável
por gerenciar as casas de jogo. Ele ganhou a liberdade, por força de habeas
corpus, em 14 de junho e estaria juntando dinheiro para fugir para os Estados
Unidos..