Lewandowski nega pedido da defesa, de que gravação precisava ser autorizada pela Corte
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, negou o pedido feito pela defesa do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), de desconsiderar as gravações de escutas telefônicas que foram feitas durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.
A operação levou à prisão do contraventor Carlinhos Cachoeira e revelou que ele mantinha contato com Demóstenes. A defesa do senador havia pedido à Corte a desqualificação das gravações, já que elas foram feitas sem autorização do STF, foro competente para julgar congressistas.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, refutou essa tese, alegando que o foco das operações da PF eram Cachoeira, e não Demóstenes, que teria aparecido acidentalmente nas investigações.
Além disso, a defesa do senador pedirá nesta sexta-feira, que a Procuradoria Geral da República (PGR) apure os vazamentos das escutas obtidas pela Operações Monte Carlo e Las Vegas.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou na quinta-feira que a PF investigue o vazamento de informações, e afirmou ser “ radicalmente” contra vazamentos.
Parlamentares da oposição criticaram o vazamento "seletivo" de diálogos grampeados pela Polícia Federal. Nesta semana, também surgiram conversas telefônicas que sugerem o envolvimento do governador Agnelo Queiroz (PT-DF) com o grupo de Carlinhos Cachoeira.