Governador acredita que terá condições de investir
cerca de R$ 4 bilhões em 2020. São mais de 50 obras e projetos de PPPs. Há
previsão de reajuste salarial, mas valerá a meritrocracia: servidores que
trabalharem mais e melhor levarão um aumento maior
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Ibaneis: "A gente espera investir R$ 3 a R$ 4 bilhões. No início do ano, nós temos várias licitações para soltar. Estão todas prontas. Existem vários projetos que não existiam, nós fomos lá e mandamos fazer os projetos"(foto: Renato Alves/Agencia Brasilia) |
Chegou
ao fim aquele clima de paralisação de obras públicas e
medo do setor produtivo de investir na cidade pelo risco de faltar dinheiro até
para a folha de pagamentos. O governador Ibaneis Rocha (MDB) não
esbanja, segura como pode os reajustes, mas promete um ano
novo com investimentos na casa dos R$ 4 bilhões. Nunca se
chegou a tanto.
Ibaneis promete mais de 50 obras importantes na cidade, entre as quais
construção de viadutos, revitalização de pistas, construção do Museu da Bíblia,
apesar das polêmicas, e lançamento de concurso para o projeto de um novo
cartão-postal no Eixo Monumental: o Museu de Artes Sacras. Com tantos projetos,
o governador já fala em reeleição. Ele afirma que um único mandato, de quatro
anos, não é tempo suficiente para a retomada do desenvolvimento econômico da
capital do país.
Para o
governador, servidores devem ser avaliados e remunerados pela meritocracia, com
reajustes diferenciados de acordo com a importância e qualidade do trabalho.
Quanto ao aumento das forças de segurança, Ibaneis afirma que a negociação está
avançada --- na tarde da véspera de Natal, o presidente Jair Bolsonaro assinou
a Medida Provisória que reajuste salários da Polícia Civil, Polícia Militar e
Corpo de Bombeiros, além da que prestigia o GDF, repassando para cá a gestão do
Fundo Constitucional do DF.
Ibaneis
elogia Bolsonaro, diz que votou no presidente e não se arrepende. Mas faz
críticas ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, com quem já
teve algumas trombadas políticas.
Que balanço o senhor faz do primeiro ano
de mandato?
Foi um
ano positivo. As pessoas pensam nos seus problemas diários e esquecem a
situação em que recebemos o governo. Em primeiro lugar, viemos de uma eleição
que foi surpreendente. Fizemos um trabalho importante, mas ainda existia por
parte da população uma dúvida sobre o que ia acontecer. Tínhamos que vencer a
questão da credibilidade. Eu trabalhei muito durante a transição, não tive
nenhum dia de folga. Aquele momento foi um dos mais importantes para que
pudéssemos avançar em 2019. Porque fizemos uma montagem técnica do
secretariado. O fato de termos saído fortalecidos das urnas, possibilitou que
montássemos uma equipe muito técnica. Não tem aquele histórico loteamento como
era feito no passado entre os políticos em que cada um era uma ilha.
Mas vieram vários do governo Temer…
O
Temer também fez um governo muito técnico. Bolsonaro só está conseguindo
avançar porque encontrou uma estrutura bem azeitada. Conseguimos montar uma
equipe coesa e conseguimos enfrentar os problemas da cidade com força. Por
exemplo, o viaduto de Taguatinga estava parado há não sei quanto tempo.
Conseguimos destravar. O viaduto da Asa Sul, na Galeria dos Estados. A obra era
para ser entregue num prazo bem alongado. Chamamos as empresas, aceleramos as
obras e conseguimos entregar. O Trevo de Triagem Norte, não andava a obra.
Agilizamos tudo. Fizemos o pagamento e a dificuldade e hoje os técnicos tanto
do Tribunal de Contas, quanto de quem paga os recursos, não estão conseguindo
acompanhar a velocidade da obra.