terça-feira, 17 de março de 2020

Entenda a discussão entre Doria e Major Olimpio; veja vídeo também


Os dois trocaram palavras ríspidas e o senador precisou ser retirado do local por seguranças

(foto: Reprodução/Twitter)
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o senador Major Olimpio (PSL-SP) se envolveram em uma discussão, nesta segunda (16/3), durante visita do tucano ao Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), na Barra Funda, zona oeste da capital paulista. Os dois trocaram palavras ríspidas e Olimpio foi retirado do local por seguranças.
A agenda oficial do governador informa que ele esteve em visita ao Dope com o diretor do departamento, delegado Nico Gonçalves, e com o secretário da Segurança Pública, General João Campos. O evento ocorreu das 10h às 11h da manhã.

Casos não registrados impulsionam pandemia de coronavírus, diz estudo


As descobertas reforçam a importância das medidas de isolamento, adotadas por muitos países, para impedir a propagação da doença
(foto: CHIP SOMODEVILLA/ AFP )
Na China, os casos não documentados de Covid-19 eram bastante numerosos antes que as restrições de viagem fossem implementadas, no fim de janeiro. Um estudo publicado nesta segunda-feira (16/3) na revista Science mostra que essas infecções não registradas, chamadas pelos especialistas de transmissão furtiva, contribuíram para a maior parte da disseminação do vírus. As descobertas reforçam a importância das medidas de isolamento, adotadas por muitos países, para impedir a propagação da doença.
Os pesquisadores norte-americanos chegaram a essa conclusão depois de realizar um estudo de modelagem, que explica a rápida expansão geográfica do vírus Sars-Cov-2, causador da Covid-19, na Ásia. A equipe usou um modelo de computador baseado em observações de infecções relatadas e disseminadas na China em conjunto com dados de mobilidade urbana coletados de 10 a 23 de janeiro e de 24 a 8 de fevereiro.

Associação teme contaminação entre presos, advogados, juízes e funcionários em presídios do DF

ABRML/DIVULGAÇÃO

À QUEIMA-ROUPA
João Pitaluga
Presidente da Associação Brasiliense de Medicina Legal (AbrML)
“Agentes penitenciários, advogados, funcionários terceirizados e juízes visitam os presídios diariamente e podem contaminar e serem contaminados se não agirmos logo”
Hoje o surto de coronavírus está restrito a pessoas que chegaram de viagens internacionais. Mas sabemos que a transmissão comunitária é questão de tempo. O que pode acontecer se o novo vírus chegar à população carcerária?
Infelizmente, a contaminação comunitária é uma questão de tempo. Hoje surgiu a informação dos primeiros casos no DF, no entanto, a SES não confirmou a informação. Na contaminação comunitária, não é possível identificar a trajetória do vírus e esse é mais um motivo para termos todo o cuidado com as populações vulneráveis e a população carcerária é uma delas pela própria aglomeração e pouca ventilação que a condição carcerária impõe. Isso põe em risco a saúde pública, mas também a segurança pública.

Há como evitar que se alastre se um preso for infectado?
Só há uma forma de evitarmos o alastramento da Covid-19 nos presídios, através de um plano de contingência entre a Secretaria de Segurança, Secretaria do Sistema Penitenciário e Secretaria de Saúde. Tenho certeza absoluta de que essas secretarias já estão se articulando e traçando estratégias de enfrentamento dessa infecção, com a preservação da saúde e da segurança de todos. A ABrML é formada de peritos médico-legistas que possuem conhecimento técnico em saúde e segurança, uma vez que somos médicos e policiais civis e, assim, é fundamental o nosso envolvimento nessas estratégias. E estamos à disposição para contribuir para o êxito desse plano de contingência.
Um surto dentro do presídio pode colocar servidores, policiais, juízes e visitantes sob risco. Como evitar que isso ocorra?
Como falei, apenas uma ação integrada entre essas secretarias pode mitigar o risco de vivenciarmos uma tragédia nos presídios do DF. Agentes penitenciários, advogados, funcionários terceirizados e juízes visitam os presídios diariamente e podem contaminar e serem contaminados se não agirmos logo.
Como tem sido em outros países?
Os Estados Unidos já traçaram estratégias de enfrentamento para os presídios federais. Já o Irã vê sua população de presos completamente adoecida e cogita inclusive soltar parte desses, o que compromete demais a segurança de todos.
Há uma expectativa de número de infecções no DF?
Não há como prevermos o cenário no DF. Acredito que mais importante que prevermos o futuro é agirmos agora com cidadania, respeitando as determinações das autoridades públicas e evitando aglomerações. Nós, médicos legistas, estamos prontos para enfrentar esse desafio junto com toda a Polícia Civil do Distrito Federal e os demais servidores públicos.
O senhor aprova as medidas adotadas até agora pelo governador Ibaneis?
Muito se criticou o governador quando ele decretou as primeiras medidas, como a suspensão de escolas e de shows, mas sabemos que o melhor remédio para esse vírus é evitarmos aglomerações, então o governador foi prudente e está correto. Mas ainda assim precisamos seguir e novas medidas precisam ser tomadas como o plano de contingência da Covid-19 para a população carcerária.

Fonte: Correio Braziliense

Coronavírus: Ibaneis tomará medidas mais rígidas quando a disseminação aumentar

RENATO ALVES/AGENCIA BRASILIA

O governador Ibaneis Rocha (MDB) tem o controle hoje do sistema de saúde e está sentindo o pulso do problema dia a dia. À frente do núcleo de crise, acompanha cada decisão sobre o novo coronavírus. Por isso, ele estranhou ontem quando o Ministério da Saúde divulgou que havia cinco casos de transmissão comunitária no Distrito Federal.
Ibaneis determinou que o então secretário de Saúde, Osnei Okumoto, parasse o que estava fazendo e fosse ao Ministério da Saúde. Osnei chegou quando a coletiva de imprensa ainda estava em andamento e conseguiu mostrar que esses dados estavam equivocados. Na verdade, naquela altura, havia 14 confirmações e cinco casos aguardando contraprova.
Todos de pacientes que voltaram de viagem internacional ou tiveram contato com passageiros infectados. No fim do dia, o número foi convalidado. O DF contava ontem 19 casos confirmados. Mas todos com origem em outro país. Ficou claro ontem nas reuniões de governo, que Ibaneis endurecerá ainda mais as medidas quando começarem as transmissões comunitárias, ou seja, quando não se sabe mais como a pessoa pegou o vírus.

Veja as respostas para as perguntas mais frequentes sobre coronavírus


O avanço da doença que apavora o mundo corre em paralelo à desinformação que se dissemina, particularmente nas redes sociais. Especialistas ouvidos pelo Correio esclarecem pontos sobre contágio, prevenção e outros temas

O novo coronavírus é a primeira pandemia da recente revolução digital. Em um mundo cada vez mais conectado, informações não apuradas e repassadas nas redes sociais confundem a população. Em se tratando de um vírus até pouco tempo desconhecido pela humanidade, fake news ganham mais espaço que a própria doença. Após consultar especialistas do ministério da Saúde e outras autoridades de saúde, o Correio reúne um conjunto de perguntas frequentes sobre a doença que chegou a 234 casos confirmados no país.
Vendedoras de loja em São Paulo trabalham com o rosto protegido por máscara: comportamento preventivo é essencial no combate ao coronavírus(foto: Nelson Almeida/AFP)

Brasileiros que voltam do exterior precisam fazer teste de coronavírus?

Em instrução recente, o Ministério da Saúde recomenda que pessoas que vierem do exterior fiquem em isolamento domiciliar por sete dias, a contar da data do embarque, mesmo sem apresentar quaisquer sintomas.
O governo pode obrigar alguém a fazer o teste ou se isolar?
Pacientes com suspeita de coronavírus devem seguir as recomendações médicas de isolamento e quarentena, bem como orientações de realização de teste. Elas podem ser impostas compulsoriamente, com base na Lei 13.979 e na Portaria 356/Min.da Saúde.
Posso fazer testes sem sintomas?
Os testes estão disponíveis na rede pública e privada, mas a recomendação do Ministério da Saúde é que os médicos só investiguem com exames específicos os casos de pacientes com ao menos dois sintomas e histórico de viagem ao exterior.
Qual o tratamento para coronavírus?
Não existe tratamento específico para infecções causadas por coronavírus humano. A maioria das pessoas irão se recuperar sozinhas. Porém, algumas medidas podem ser adotadas para aliviar os sintomas, como: uso de medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos); uso de umidificador no quarto ou tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garganta e tosse; ingestão de bastante líquidos; e repouso. Internação e suporte ventilatório para os pacientes com sintomas graves é o recomendável.