Na quarta-feira (30/10), o Tribunal
Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre (RS), deve definir se o
processo da ação do sítio de Atibaia envolvendo o ex-presidente retornará à
primeira instância
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Atualmente, o processo está parado no TRF-4 à espera da confirmação da pena sentenciada a Lula(foto: Nelson Almeida/AFP) |
A
defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou com recurso
no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão do julgamento marcado
pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto
Alegre (RS), para quarta-feira (30/10), que pode anular a condenação imposta ao
petista no caso do sítio de Atibaia (SP) e retornar o processo à fase de
alegações finais na primeira instância.
Atualmente, o processo está parado no TRF-4 à espera da confirmação
da pena sentenciada a Lula em primeira instância pela 13ª Vara Federal de
Curitiba (PR). No início deste ano, o ex-presidente foi condenado a 12 anos e
11 meses de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro
devido a obras realizadas por empreiteiras em um sítio do município do interior
de São Paulo, estimadas em R$ 1 milhão. O valor foi considerado pela justiça
como suposta propina paga pelas construtoras ao ex-presidente.
No
pedido enviado ao STF nesta terça-feira (29/10), os advogados do petista alegam
a "impossibilidade de o Tribunal local destacar um dos capítulos da
apelação criminal para julgamento apartado (na forma de “questão de ordem”),
sobretudo se esse capítulo destacado diz respeito à nulidade parcial (tese
subsidiária de nulidade) do processo, sendo que há outros capítulos tratando da
nulidade total do processo".
De
acordo com a defesa, a atitude do desembargador do TRF-4 João Pedro Gerban
Neto, responsável pelos casos da Lava-Jato no tribunal, em marcar o julgamento
representa "afronta ao devido processo legal" e do “processo previsto
em lei”.