terça-feira, 7 de maio de 2019

Ala militar do governo pressiona Bolsonaro contra Olavo de Carvalho


O chefe do Executivo disse que "de acordo com a origem do problema, o melhor é ficar quieto"

O general Santos Cruz foi alvo do guru bolsonarista, inclusive com xingamentos, por sugerir "disciplinar" as mídias sociais(foto: Marcos Correa/PR)
A guerra aberta entre militares e o escritor Olavo de Carvalho voltou à tona com mais força do que antes. Depois de o ideólogo hostilizar nas redes sociais o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Santos Cruz, oficiais das Forças Armadas iniciaram um contra-ataque dentro do governo e perifericamente. O general Eduardo Villas Boas, ex-comandante do Exército, saiu em defesa da categoria, acusando Olavo, via Twitter, de “acentuar as divergências nacionais” em um momento em que a sociedade necessita “recuperar a coesão e estruturar um projeto para o país”.

A mensagem foi interpretada na Esplanada dos Ministérios como um pedido ao presidente Jair Bolsonaro para que isole, de uma vez por todas, o “guru” das decisões dos ministérios, por causa da influência dele nas pastas da Educação e das Relações Exteriores.

Feminicídio: mulher é assassinada a facadas pelo ex-marido em Santa Maria - DF


Jacqueline dos Santos Pereira, 39 anos, é a 10ª vítima de feminicídio em 2019. Segundo a polícia, o ex-marido é o autor das facadas que tirou a vida dela. Jacqueline deixa três filhos órfãos, dois deles, menores de 18 anos

Jaqueline Pereira dos Santos, de 39 anos, foi morta pelo ex-marido em Santa Maria, no Distrito Federal — Foto: Foto: Polícia Civil/Divulgação

Uma mulher foi assassinada a facadas na tarde desta segunda-feira (6), na Quadra Central 01, de Santa Maria, no Distrito Federal. Segundo a Polícia Civil, o autor do crime é o ex-marido, que fugiu do local e cometeu suicídio pouco depois.


O homem foi identificado como Maciel Luiz Coutinho da Silva, de 41 anos. Segundo o delegado Alberto Rodrigues, da 33ª DP, de Santa Maria, Jaqueline Pereira dos Santos, de 39 anos, já havia denunciado Silva por agressão.

Eles foram casados por 25 anos anos. Há 2 meses, de acordo com parentes, o relacionamento chegou ao fim.

Amigos de Jaqueline contaram que na manhã dessa segunda-feira Silva foi até o trabalho da ex-mulher, que era gari, e a ameaçou. Segundo vizinhos, por volta das 16h, ele pulou o muro da casa onde Jaqueline morava, no centro de Santa Maria.

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Rafael Prudente é o novo comandante do MDB do Distrito Federal


O presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Rafael Prudente, foi eleito nesta segunda-feira (06), presidente do MDB/DF.

Dos 70 votos registrados, Rafael Prudente obteve 64, três foram contrários e outros foram nulos. Apenas 1 convencional não compareceu para a votação que começou as 14 horas e foi encerrada às 17h30.

Justiça manda Correios entregarem correspondências no Sol Nascente

Empresa e GDF têm 60 dias para adotar medidas necessárias a fim de cumprir a decisão de desembargador da 6ª Turma do TRF-1

A Justiça Federal determinou que os Correios e o Governo do Distrito Federal implantem o sistema de entrega domiciliar de correspondências para os moradores do Sol Nascente, em Ceilândia, no prazo máximo de 60 dias.

A decisão do desembargador da 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), Jirair Aram Meguerian, é de sexta-feira (26/04/2019). Os réus têm dois meses para providenciarem as medidas necessárias a fim de cumprir a tutela provisória de urgência solicitada pela Defensoria Pública da União (DPU).
Após a negativa em primeira instância, a DPU recorreu. No agravo de instrumento distribuído à 6ª Turma do TRF-1, argumenta que a não entrega das correspondências tem causado prejuízos à própria assistência jurídica prestada pela DPU à população do Sol Nascente.

O magistrado avaliou que a recusa dos Correios em prestarem o serviço atinge direitos naturais dos destinatários das cartas. “Inclusive, ainda que de forma indireta, dificulta o acesso dos necessitados à Justiça ao reduzir o alcance da consecução do resultado da ação intentada via Defensoria Pública, quando cria entraves ao contato entre advogado [defensor] e constituinte [assistido]”, acrescentou.

Previdência: Alto custo é desafio à capitalização


Com custo de transição alto, modelo de capitalização, se aprovado, deverá ser apenas um dos pilares da nova Previdência


Um dos temas mais polêmicos durante a primeira fase de tramitação da proposta de reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, a introdução do sistema de capitalização na Previdência, conforme prevê a PEC nº 6, será aprofundada na Comissão Especial, cujo objetivo é analisar o mérito das mudanças apresentadas pelo governo. A equipe econômica praticamente já descartou a adoção de um sistema puro de capitalização, à moda chilena, tanto pela rejeição que desperta, como pelo custo de transição do atual modelo de repartição para o de capitalização.

A conta para fazer a transição seria tão alta que causaria um problema fiscal ainda maior do que o que se pretende combater com a reforma. Especialistas em Previdência estimam que o país precisaria investir o equivalente a duas vezes o Produto Interno Bruto (PIB), mais de R$ 12 bilhões, ao longo de um período que pode variar entre 35 e 45 anos, para cobrir pelo menos duas gerações.

A razão da despesa é que, no regime de capitalização, a aposentadoria é pré-financiada durante o período de atividade do trabalhador, por meio de depósitos em contas individuais, que são investidos e rendem juros, ou seja, a pessoa está poupando para sua própria aposentadoria. Já no regime atual, de repartição, também conhecido como “solidário”, os benefícios são pagos com as contribuições de empregados e trabalhadores arrecadadas no mesmo mês de desembolso, mais o aporte do governo, que completa o que falta com recursos do Tesouro Nacional. Uma vez aprovado o sistema de contas individuais, o pacto entre as gerações é quebrado, mas o passivo de quem estava no sistema antigo tem que ser liquidado.

“Seria necessário honrar o compromisso com os 30 milhões que já estão aposentados, pagar proporcionalmente ou indenizar os cerca de 60 milhões que estão no meio do caminho, e isso a partir da convivência com o novo sistema, que não dá para mensurar, pois não sabemos como vai se comportar o mercado de trabalho”, explica o matemático, especialista em previdência pela Fundação Getúlio Vargas, Luciano Fazio.