quarta-feira, 2 de maio de 2012

CPI: entre mortos e feridos...



Vamos dar asas ao cavalo branco da imaginação. Suponhamos que a CPI do Cachoeira funcione a contento, comprovando a corrupção praticada por parlamentares, governantes, altos funcionários de governos variados, policiais e empresários, sob a coordenação do bicheiro. Depois de meses de trabalho, esses resultados constarão do relatório final da CPI, divulgado e encaminhado ao Ministério Público, para providências. ...

Haverá a hipótese de os parlamentares envolvidos, com o senador Demóstenes Torres à frente, perderem seus mandatos, por ação dos Conselhos de Ética do Senado e da Câmara e decisão dos respectivos plenários. Quem sabe até o exemplo se repetisse numa ou outra Assembléia Legislativa, porque as cassações independem de pronunciamentos da Justiça. São políticas. Cadeia, no entanto, nem pensar. Antes dela falarão as prescrições, caso venham a responder a processos.

Governadores como Marconi Perillo, Agnelo Queiroz e Sergio Cabral também podem, na teoria, ser cassados, se evidenciada sua participação ativa nas lambanças. Agora, na dependência do voto da maioria dos deputados estaduais. Nessa hora, funcionarão os esquemas político-partidários armados no começo de cada administração.

Fidelidade em troca de secretarias e da direção de empresas estatais, ou da celebração de contratos entre o poder público e empresas recomendadas pelos partidos e as lideranças. Ficará quase impossível o impeachment político dos governadores, vale repetir, se evidenciada sua culpabilidade. Só o Poder Judiciário, através de demorados processos, teria condições de afasta-los, mas quando se caracterizassem as sentenças, seus mandatos teriam terminado faz muito.

Quanto a secretários e altos funcionários, se os governadores não os sacrificarem em nome de sua própria sobrevivência, a Justiça será capaz de atingi-los, mas igualmente em processos bem mais longos do que seus períodos nos governos.

Policiais sempre poderão ser demitidos a bem do serviço público, em processos administrativos, mas o corporativismo funciona nessas horas, pelo menos protelando a ação da Justiça, se tiverem sido abertos processos contra eles pelo Ministério Público.

Sobram os empresários, na quadrilha do Cachoeira e em inúmeras outras quadrilhas semelhantes, até mais poderosas. Neles, a CPI não chegará senão retoricamente, podendo apontar um ou outro como agente corruptor e beneficiário da corrupção. Estarão todos, porém, muito bem blindados, até na teoria desligados de suas empresas. Até hoje, faltam exemplos de punição efetiva para os empresários corruptos.

Não se dirá que entre mortos e feridos salvar-se-ão todos, mas é quase isso. A exceção talvez venha a ser o próprio Carlinhos Cachoeira, como satisfação para a opinião pública. A CPI não deverá poupá-lo, nem o Ministério Público, muito menos os tribunais. Isso caso não venha a encontrar-se gozando de sua fortuna fora do país.

Por Carlos Chagas


Fonte: Blog Tribuna da Internet / Blog do Edson Sombra - 02/05/2012

Um em cada três membros da CPI do Cachoeira já foi alvo de denúncias


Pelo menos um terço dos 32 titulares da Comissão Parlamentar inquérito (CPI) mista que investigará as ligações do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos e empresários já estiveram do outro lado do balcão, expostos a denúncias e desconfiança da opinião pública. A personificação das reviravoltas políticas é o ex-presidente da República e agora senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL). Vinte anos depois de descer a rampa do Palácio do Planalto pela última vez, como unanimidade nacional, ele volta à cena para investigar um de seus pares, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). Na lista de representantes do Congresso indicados para buscar a verdade, há ex-fichas sujas, aliados de figuras controversas, nomes envolvidos em escândalos nacionais e até deputado pego no bafômetro.

Collor subiu à tribuna do Senado esta semana para anunciar que trabalhará contra o vazamento de informações à imprensa. Ele confidenciou a aliados que uma de suas motivações na CPI será colocar luz nas relações de repórteres e veículos de comunicação com a quadrilha de Cachoeira. A antiga condição de vidraça, no entanto, não é exclusividade do senador alagoano. Relator do colegiado, o deputado federal Odair Cunha (PT-MG) foi acusado de usar sua cota de passagens aéreas para financiar a viagem de um amigo entre Buenos Aires e o Rio. Cunha nega, argumentando que o bilhete foi adquirido com milhas e que pagou a taxa de embarque legalmente, segundo ele.

A confissão descarada do PT: CPI tem é de pegar só a oposição. Ou: A Operação Salva-Agnelo. Ou ainda: Cachoeira tem de explodir, mas de um lado só!



Em outros tempos, a notícia seria um escândalo em si; nestes, não! Ao contrário até: há quem a tome como evidência de esperteza e prova de que o partido é mesmo organizado. A que me refiro? Manchete do Estadão de hoje informa que o governo tenta tomar as rédeas da CPI para que ela não “perca o foco”. A expressão “manter o foco” vem sempre carregada de valor positivo, não é? Confunde-se com coisa boa. Não nesse caso. Com isso, o governo e os governistas pretendem, de forma declarada, duas coisas:
a) manter a Delta longe das investigações; a ordem é impedir que diretores da empresa, com a exceção de um que está preso e de outro que está foragido, sejam convocados;
b) concentrar a artilharia em Marconi Perillo, governador de Goiás (PSDB).
Lendo a reportagem do Estadão, a gente vê que os petistas não escondem seu intento, não. Eles consideram que se trata de algo absolutamente legítimo. É evidente que confrontos entre governistas e oposicionistas não desaparecem numa CPI; também nelas as diferenças se manifestam etc e tal. Mas um mínimo de decoro se faz necessário, não é? A revelação, a céu aberto, sem subterfúgios ou considerações oblíquas, de que o governo atua para livrar a cara da Delta é tão escandalosa quanto as lambanças de que a empresa participa.
Reportagem de O Globo demonstra que era tal a proximidade de Carlinhos Cachoeira com a construtora que o contraventor se fez presente no apoio a Fernando Cavendish mesmo num momento dramático de sua vida, quando um acidente de helicóptero matou pessoas de sua família. Não se tratava, já está mais do que evidente, de esbarrões aqui e ali no chamado “mundo dos negócios”; ao contrário: eram relações sistemáticas, mediadas por dinheiro público.
Mesmo assim, os petistas anunciam: a ordem é tirar a Delta das investigações. Por quê? A resposta é uma só: porque a construtora é a empresa privada que mais recebe recursos do PAC e porque isso pode gerar um terremoto em vários estados — o Rio poderia ser, assim, ma espécie de epicentro do sismo Ninguém chega a ser Cavendish na vida acumulando poucas informações. Mais: ele já está “fazendo a sua parte”, retirando a construtora de alguns empreendimentos e se afastando, oficialmente ao menos, do comando da operação. Mas há um limite para o esmagamento.
Acreditem: o PT está decidido a impedir que Cavendish fale à CPI. Se vai conseguir ou não, aí vamos ver. O governismo tem maioria para convocar quem bem entender — e, pois, para impedir convocações também.
Tudo por Agnelo
A matéria do Estadão informa o que chegou a ser verdade até o fim de semana: o PT estaria disposto a entregar a cabeça de Agnelo desde que possa produzir o que considera um estrago maior na oposição: degolar  Perillo. Não é mais assim. Agnelo já avisou o comando do partido que não aceita ir para o sacrifício coisa nenhuma! Desde que migrou do PC do B para o PT, considera que prestou relevantes serviços ao partido e ao governo petista — com destacada atuação nos bastidores da operação que desmantelou a quadrilha de José Roberto Arruda no Distrito Federal. Agnelo atuou segundo seus métodos, que o PT nunca ignorou.
Há, sim, um pedaço do partido que avalia que, cedo ou tarde — e esse grupo teme que se dê mais tarde do que seria prudente —, Agnelo cairá em desgraça. Mas Lula, José Dirceu e Rui Falcão (esses dois são corpos distintos numa só cabeça) acham que é preciso fazer “a luta política” para preservar o governador do Distrito Federal, denunciando uma suposta conspiração contra esse verdadeiro herói da ética.
Há uma falsa questão na qual o PT e os subjornalistas a serviço do petismo se fixam: a gangue de Cachoeira estaria chantageando Agnelo Queiroz. É mesmo? Digamos que fosse apenas isso, pergunta-se: a chantagem se deveria exatamente a quê? Por que Agnelo estaria sendo intimidado pelo bando?
Fatoir Márcio Thomaz Bastos
O PT está deixando claro, sem qualquer reserva, que não quer investigar coisa nenhuma! Obedecendo ao comando inicial de Lula e de José Dirceu, o partido luta para que a comissão de inquérito se limite ao linchamento da oposição e da imprensa. Em ano de eleição e de provável julgamento do mensalão, os petistas acham que está de boníssimo tamanho. Também não escondem, nas conversas que mantêm nos bastidores, que pretendem fazer valer a sua maioria na comissão. Mais ainda: consideram que o fato de o petista Márcio Thomaz Bastos ser advogado de Carlinhos Cachoeira representa uma segurança e tanto. Bastos, já escrevi aqui, não é um criminalista qualquer — a partir dos honorários… É um estrategista. O partido tem a convicção de que nada virá de Cachoeira que agrave a situação dos companheiros. Na verdade, apostam que, se Cachoeira explodir, será uma explosão do lado de lá da linha.
É o que temos.
Por Reinaldo Azevedo

A ONGAV promoveu no dia 26 de abril, a entrega de Verdura na Vila União






No dia 26 de abril a  ONGAV (Organização não Governamental Amor e Vida) entregou cesta verde para os moradores da Vila União, Novo Gama – GO, a entrega foi feita por voluntários e pelos membros da diretoria executiva da ONGAV, esteve presente a Vereadora do Novo Gama – GO Laodiceia Dourado, que prestigiou o evento, a cesta entregue foi doada pelo CEASA – DF, todas as Frutas e Verduras entregues são todas de ótima qualidade, a comunidade ficou muito feliz por receber o alimento. A presidente da ONGAV informa que para receber a cesta basta os moradores da Vila união fazer os cadastro e na hora o morardor já sai de lá com sua carteirinha e que todas a quintas – feiras as 09:00 horas da manhã os moradores cadastrados irão receber sua Certa Verde. clik no Link aqui,e veja as fotos da entrega Cesta Verde.


Fonte: Blog da ONGAV

Grampo da PF sugere ação do vice contra o governador do DF


TRECHO DO RELATÓRIO DA OPERAÇÃO MONTE CARLO APONTA LIGAÇÃO ENTRE O VICE-GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, TADEU FILIPELLI, DO PMDB, E O JORNALISTA MINO PEDROSA, DO SITE QUID NOVE; MINO PEDROSA, EX-ASSESSOR DE CARLOS CACHOEIRA, RECEBERIA R$ 100 MIL MENSAIS PARA DESESTABILIZAR GOVERNO DO GDF

 A crise política deflagrada pela Operação Monte Carlo pode ganhar novos contornos. Um dos trechos do inquérito divulgado com exclusividade por 247 aponta para uma suposta ligação entre o vice-governador Tadeu Filipelli, do PMDB, e o jornalista Mino Pedrosa, do site Quid Nove. O trecho aparece na página 202, do anexo 7 (leia mais aqui). A informação consta do resumo de uma conversa entre o espião Idalberto Matias, o Dadá, e o policial Marcelão, que é também dono de uma agência de publicidade no Distrito Federal, a Plá. Nela, ambos comentam que o jornalista Mino Pedrosa, ex-assessor de Carlos Cachoeira, teria um contrato de R$ 100 mil mensais, que seriam pagos por Filipelli. Há ainda uma anotação sobre um apartamento que teria sido dado por Cachoeira a Mino Pedrosa em Brasília. Além disso, Mino teria uma cunhada empregada no gabinete de Demóstenes Torres (sem partido/GO).
Nos últimos meses, o governador Agnelo Queiroz recebeu ataques em série. Denúncias, que antes eram publicadas em blogs de jornalistas do DF, como Edson Sombra e Mino Pedrosa, depois eram amplificadas em veículos de grande circulação nacional, como Veja e Época. Até agora, no entanto, o inquérito tem revelado que o esquema Delta-Cachoeira não conseguiu se infiltrar no governo do Distrito Federal da mesma maneira como dominava o estado de Goiás (sobre isso, leia o post de Ricardo Noblat).
CPI da Arapongagem
Como as ligações entre a Delta e o governo do Distrito Federal são frágeis, a tentativa de impeachment incorporou uma nova estratégia. Agnelo passou a ser acusado de montar uma rede de arapongas para grampear políticos, jornalistas e empresários. Entre eles, o vice-governador Tadeu Filipelli e o jornalista Edson Sombra. Sobre isso, já há até uma CPI instalada no Distrito Federal.
Nesta sexta, Filipelli representou ao Ministério Público Federal, solicitando a apuração de uma possível investigação ilegal, realizada contra ele, alegando a necessidade de defender as instituições. Ocorre que os grampos da Operação Monte Carlo revelam que o Watergate brasiliense pode ter sido montado justamente por aqueles que seriam beneficiados pela queda do governador.
Abaixo, o trecho do relatório da PF que menciona a doação do apartamento de Mino Pedrosa e o pagamento de jornalistas por Filipelli:
RESUMO
KID 9 (KlD NOVE).
FALAM SOBRE SUCESSÃO DO DIRETOR DA PCDF. ENCONTRO DE SANDRO AVELA E ERIC SEBA (FILMAGEM)
APARTAMENTO QUE CARLINHOS DEU PRA MINO PEDROSA.
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TELEFONE NOME DO ALVO
6192800078 Idalberto Matias de Araujo - Monte Carlo
INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
DADA X MARCELÃO PLX
DATNHORA INICIAL DATNHORA FINAL DURAÇÃO
07/02/201213:32:54 07/02/201213:34:32 00:01:38
ALVO INTERLOCUTOR ORIGEM DA LIGAÇÃO TIPO
A
RESUMO
MINO PEDROSA TEM UM CONTRATO COM O FILlPELI R$ 100.000 POR MES. ENTÃO O SOMBRA DEVE ESTAR
SENDO F1NANDIADO PELO FILlPELI.
A CUNHADA DO MINO TRABALHO NO GABINETE DE DEMOSTENES (SENADOR)
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Fonte.: Brasil 247